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Jean Piaget.
(Alexandra Marques)

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O epistemólogo Jean Piaget preocupou-se com o desenvolvimento do juízo moral na criança logo no inicio de sua carreira, mas tal preocupação não foi recorrente em sua obra, pois não voltou mais ao tema.
Piaget estudou através de observações, a evolução da prática e da consciência das regras do jogo. Observando um jogo de bola de gude, verificou que no início as crianças jogam como que sozinhas – etapa da anomia; para num segundo estágio se interessarem por participar de atividades coletivas e com regras estabelecidas, a criança começa tendo uma noção muito egocêntrica das regras, acredita em seu poder de coerção e as considera uma coisa sagrada, que não deve ser mudada, mas não sabe dizer quem as determinou - etapa da heteronomia - mesmo assim não hesita em criar suas próprias regras.
A terceira etapa – autonomia – tem suas características opostas à da fase da heteronomia, correspondendo a uma visão adulta do jogo, embora a autonomia da prática da regra seja anterior à da consciência dela.
A evolução nos outros domínios da moral segue uma seqüência similar à da compreensão de regras.
Piaget investigou as concepções morais infantis em relação ao dever em três situações distintas: o dano material, a mentira e o roubo.
No julgamento da primeira situação, para a criança, a culpabilidade do indivíduo depende dos danos materiais de suas ações e não das intenções envolvidas. No caso, a criança na fase do realismo moral acha mais culpada a criança que quebra dez copos sem querer do que a que quebra um copo praticando alguma ação ilícita. Na segunda situação, considera mais culpado quem tinha distorcido a verdade de forma flagrante (dizer que viu um cachorro grande como um boi) do que quem tinha mentido intencionalmente para conseguir alguma vantagem (dizer que tirou notas boas no colégio, quando isso não ocorreu), já que a primeira situação é inaceitável e a segunda, sim.
Sobre a questão da justiça, quanto menor a criança, mais apropriado, para ela, que a punição seja feita através de castigo mesmo que ele não tenha relação com o ato cometido, enquanto a mais velha favorece a explicação do motivo porque o ato é condenável, como sendo mais válido para evitar que ele se repita.
Piaget considera a moral como um fato social e acredita nas relações interindividuais que divide em duas categorias: a coação e a cooperação.
Para Piaget o desenvolvimento intelectual e moral só ocorre através da cooperação, pois dela derivam o respeito mútuo e a autonomia, enquanto a coação, como um processo que supõe relação de subordinação, impede que exista uma reciprocidade de ações e sentimentos, impossibilitando à criança a construção das estruturas mentais operatórias necessárias à conquista da autonomia, imprescindível à formação e à consolidação do mundo democrático.
Piaget também discorre sobre a cisão existente entre o discurso e a prática do juízo moral nas crianças, embora ele acredite que esta cisão não ocorra freqüentemente. Ele elabora uma teoria que contempla a ação moral para que se possa levar o futuro cidadão a cumprir o ideal libertário e democrático, e não a ser apenas um bom orador ou juiz, porque acredita que é na ação moral que se confrontam afetividade e Razão.



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