A Solidão
(Jairo de Lima Alves)
A Solidão O que é a solidão? – um grito selvagem, que na infinita viagem, ecoa triste... é tirana, que morando no peito, persiste ela surge depois de qualquer bobagem. A solidão fere com o sílex da maldição e dança em aflição por via crucial... vem o tédio no âmago, o grande mal tornando mais escura a nossa habitação. A solidão surge com seu olhar parado, de repente, do nosso lado, e fulmina... faz da vítima penitente, mas ensina que é preciso amar para ser amado. A solidão é o noivo deixado no altar, ficando sozinho a chorar de tristeza... só lamento se ouve, sem a certeza que os convivas querem perguntar. A solidão, é ainda como a prisão, que sem explicação, quer punir... ou um rosto no espelho, quer ouvir a sentença que livra da condenação. A solidão pune, sempre quando sós os nossos passos cruzarão sua ponte... e todos os poemas nascem dessa fonte. Ela acompanha desde os nossos avós. 10.01.2008
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