BRIGÕES REPRIMIDOS & DESORIENTADOS
(luiz pereira carlos.)
GALO DE BRIGA NÃO É GALINHA, TOURO NÃO PUXA CARRO DE BOI, GARANHÃO NÃO É ÉGUA E PITIBULL NASCEU PRA BRIGAR.
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Essamatéria é destinada aos pediatras, psicólogos e psiquiatras, aos antropólogos voltados as origens e raízes, aos Pais socialmente conduzidos a repressores, que não conseguem identificar em seus filhos e netos os defensores naturais da humanidade e que nascem dotados de consciência social extrema, a sociedade leiga em geral que deseja saber o porque da índole genética que constitui o ser humano violento, agressivo e consequentemente reprimido e muitas vezes rejeitado socialmente, que se transforma num problema social, quando na realidade ele pode ser a solução, não apenas um brigão.
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O endereço não importa, a escola chamava-se Vitória Régia, foi seu primeiro contato com o grupo social, chegou de tirolês, alegre sorrindo pra todos, logo foi recebido pelos mestres, apresentado como filho de autoridade.
- Esse é o filho do Doutor...
- Que lindinho prece um rapaz....
Na verdade não era um rapaz, era uma criança de seis anos, com olhos e consciência de astuto observador que desprezava elogios e enxergava muito alem dos limites da maturidade atribuída.
No Vitória Regia não foi reconhecido, logo foi expulso.
Os pais se desesperaram diante dos anseios sócias e desconheciam as razões. Por algum motivo se culpavam pelo comportamento do filho rebelde, agressivo, porem meigo, sincero, realista e emotivo.
Como se tratava de filho da burguesia tradicional carioca, de ex-alunas do Colégio Sion, nascido em berço de ouro, na época em que advogado era quase Ministro de Estado, e seu pai era um desses, Diretor de multinacional, pessoas ilustres formavam o quadro social da família.
Houve uma nova tentativa:
As freiras estavam inaugurando um novo colégio com internato para meninas e meninos no alto da Tijuca – Colégio Sta. Marcelina – que se propunha polir, educar e orientar para o convívio social, os rebelados, mesmo os de origem genética, citados no sub-titulo. Os estranhos filhos da burguesia que se rebelavam aos pareceres políticos-Socias, aos ‘costumes’ da época e as moderações impostas pela falsa burguesia, pelas lideranças em seus interesses pessoais, políticos e materiais.
Brigões e que visualizavam escravagistas e ditatoriais os princípios que configuravam as normas sociais, ditados pela elite dominante e sem nenhuma responsabilidade com o social, como padrão.
Reconduzido ao Sta. Marcelina, o filho do Doutor, que se estranhava com as atitudes de submissão social, que se rebelava com o cabresto, foi expulso da turma fundadora do internato, literalmente.
O desespero da família aumentava, não havia consenso, então foi levado ao instituto Pestalosi, alguns exames foram feitos nada foi constatado, havia uma insistência social por parte da vizinhança, os educadores pressionavam no sentido de que havia algo errado, atípico e anormal. Sem duvida uma pessoa agressiva e problemática.
Conduzido ao Doutor Eiras, sabatinado ao extremo, feitos os encefalogramas, tudo absolutamente normal. Psicólogos, psiquiatra, junta medica e tudo que poderia ser usado como diagnostico, receita, paliativo foi extremamente e abusivamente explorado. Nos anos Dourados.
Como ultimo recurso, havia duas opções, a primeira em Minas Gerais em Caraças, internato extremamente rigoroso e a segunda em São Paulo terra natal do progenitor, também num internato Salesiano, de Dom Bosco, que prometia exorcizar o demônio residente que se rebelava em prol do social.
O aluno foi líder da extinção do Internato do Salesiano Liceu Coração de Jesus, no Braz em SP, transferido para o Colégio São Joaquim, também Salesiano, em Lorena-SP, liderou a extinção do internato deste. E prosseguiu na sua epopéia genética.
Quebrando todos os preconceitos sociais impostos pela família, pela burguesia. E antes de ser socialmente e absolutamente abandonado, recebeu inesperadamente, no serviço militar, como ordenança do então democrático, neo-liberal, homem de letras e cultura exacerbada, Coronel O.P da Costa – do Centro de Estudos de Pessoal no Leme/RJ, seu superior imediato, o comando final: “Liberte-se e lute pelos seus direitos sociais, não traga aos meus sucessores, presentes armamentista”. Ano base 1968.
Marcelinho era o filho do Coronel, que meus pais compraram um tanque de guerra eletrônico (novidade nos anos 60), caríssimo e moderníssimo, para que eu presenteasse naquela data de aniversario do filho do meu comandante. Quase tomei uma cadeia por causa desse presente, não fosse à mulher do coronel intermediar as boas intenções do presente. E eu, concordei com o posicionamento do coronel, achei o presente de péssimo mau gosto.
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