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As raízes da inveja e da raiva
(william.johnson; composto pelo próprio)

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Se você é um ser humano você já sentiu inveja! É difícil de admitir, não é?! A inveja é um dos sentimentos mais mesquinhos e secretos que podemos sentir, no entanto, todos nós já sentimos, e frequentemente escondemos o fato nos confins de nossa alma, até de nós mesmos!
Você já notou que o mecanismo mais “gritante” da inveja é a raiva? Sentimos raiva daquilo que não podemos ter ou ser. A raiva é um notório mecanismo de defesa da inveja. Como é tão vergonhoso admitir a inveja, mesmo para nós mesmos, nós dizemos então que temos raiva! As mulheres têm raiva daquela garota no trabalho que é imensamente linda e chama atenção do sexo oposto com a maior facilidade. Os homens têm raiva do vizinho que tem uma BMW. Temos raiva daquele funcionário que acabou de entrar na empresa e já está anos-luz à nossa frente. Enfim, criamos as mais “inocentes” desculpas para justificar a nossa raiva, para desmerecer o outro e provar por A + B que nossa raiva é justificada, só não nos damos conta do óbvio: estamos com inveja!
É claro que há níveis diferentes de pessoas invejosas e isto afecta nossas vidas das formas mais variadas. A maioria das pessoas que conheço não possuem um nível patológico de inveja de forma que poderiam ser rotuladas como “pessoas invejosas”. Você leitor, também pode não se enquadrar num nível doentio de inveja, mas não é exactamente a estas pessoas que estou direccionando este artigo.
A inveja é um mecanismo ligado directamente à nossa auto-estima (ou falta dela), quanto menos auto-estima temos, mais inveja sentimos. Como ninguém tem 100% de auto-estima sadia, todos sentimos inveja uma vez ou outra e não há problema com isso, na verdade. Podemos inclusive aprender a tirar vantagem desse sentimento tão mesquinho para o nosso próprio crescimento pessoal.
Veja bem, nós não sentimos inveja de todos aqueles que são ou tem algo que não temos, a inveja só lança suas garras quando o fato nos toca num ponto sensível: nós invejamos aquilo que sabemos que podemos ter ou ser, mas que por algum traço negativo em nós, ainda não conseguimos. A inveja nos mostra quais os pontos que precisamos trabalhar em nós mesmos.Por exemplo, a mulher que está acima do peso e sente inveja da outra que tem o corpo que ela deseja está em conflito consigo mesma. Ela sabe que está acima do peso por sua própria culpa (é preguiçosa e não leva adiante dietas e exercícios, come além da conta por gula, não tem força de vontade suficiente para emagrecer, etc). A magra torna este fato evidente, mas seu mecanismo de protecção interno a impede de assumir a culpa e então ela direcciona a raiva que sente de si mesma por ser incompetente em sua luta contra o peso e coloca em cima da outra que é magra.
A inveja de quem tem mais dinheiro ou uma posição profissional mais alta que a nossa também pode ser um indicativo de que estamos em sub-nível com nós mesmos, com o que poderíamos já ter ou ser. Enquanto estamos crescendo profissionalmente e sabemos que ainda não deveríamos naturalmente estar em uma posição muito alta, olhamos para quem está lá e nos sentimos inspirados. No momento em que sabemos que já deveríamos estar lá, mas não estamos, passamos a sentir inveja (raiva) de quem está acima de nós e principalmente de quem começa abaixo de nós e rapidamente nos passa, pois este fato evidencia gritantemente o quanto somos incompetentes. Mas é claro que não podemos assumir esta incompetência para nós mesmos! Nosso mundo desabará se fizermos isto! (pelo menos é nisso que nosso ego acredita!) e então nós voltamos a raiva que sentiríamos de nós mesmos por não sermos bons o suficiente para o outro.
Não sentimos inveja ou raiva quando um facto não nos afecta intimamente. Só reagimos negativamente àquilo que toca em nossa ferida, em nossa auto-estima dilacerada devido à nossa própria incompetência ou falta de acção.
Saber utilizar a inveja para o nosso próprio crescimento é um ato de maturidade e certamente ajudará a melhorar a nossa auto-estima.



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