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ANTÍGONA, de SÓFOCLES
(Sófocles; Tradução de Millôr Fernandes)

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Antígona vem a ser uma tragédia grega que nos mostra como duas opiniões opostas podem estar certas dependendo da maneira como é analisada. Antígona é filha de Édipo e Jocasta.

Desgraças irreparáveis e grandes provocações marcam o seu destino. Uma das desgraças prende-se ao seu nascimento, pois é fruto de incesto de Édipo com a própria mãe. Outra grande tristeza consiste na pesada missão de guiar o pai, cego e banido de Tebas, por toda a vida, em sua peregrinação, amparando-o até a morte, em Colono. A última tragédia prende-se às conseqüências do combate entre os dois irmãos, Etéocles e Polinices, pelo poder em Tebas, combate no qual ambos morreriam, amaldiçoados por Édipo, a quem expulsaram de Tebas, após se terem descoberto os seus crimes. É no contexto deste episódio que se desenvolve o drama que será relatado.

Expulso Édipo de Tebas, seus dois filhos combinaram exercer o poder de forma alternada, por um ano, a começar por Etéocles. Este, porém, findo o tempo, recusou-se a entregar o trono a Polinices que, apoiado pelo reino de Argos, avança contra Tebas. Ocorre então o famoso episódio, tão explorado pela tragédia grega, referido como Sete contra Tebas.

Etéocles e Polinice morrem em batalha no mesmo dia. Um contra o outro. Um a favor e o outro contra a cidade de Tebas, que passa a ser governada pelo cunhado de Édipo, Creonte. Este como governante manda enterrar honrosamente ao primeiro, mas lança uma lei de que o segundo não seja velado nem sepultado e, por ser um traidor de sua pátria, quem o fizesse seria igualmente considerado traidor.

Acontece que Antígona, descumpre a lei e presta as honrarias fúnebres ao irmão. Como poderia ela obedecer à lei estatal e desobedecer à lei de seus deuses e de sua moral. Pois, na sua crença ele não teria descanso eterno enquanto não fosse realizada a cerimônia de sepultamento.

Ela defendeu-se perante Creonte: "Nem eu supunha que tuas ordens tivessem o poder de superar as leis não-escritas, perenes, dos deuses, visto que és mortal. Pois elas não são de ontem nem de hoje, mas são sempre vivas, nem se sabe quando surgiram. Por isso, não pretendo, por temor às decisões de algum homem, expor-me à sentença divina" (pg. 36).

Por este ato piedoso, foi condenada à morte e encerrada viva no túmulo de sua família. Enforca-se na prisão e o noivo Hémon, filho do rei, mata-se sobre seu cadáver enlouquecido pelo crime do pai. Eurídice, esposa de Creonte, diante da perda do filho, desesperada, suicida-se.

Creonte, diante de tanta dor, desesperado sem saber para onde olhar nem onde buscar apoio, pede, Levem-me daqui. Para onde eu possa morrer exposto ao tempo, a fim de que meu corpo desonrado acalme, enfim, a ira dos deuses e aplaque a fúria do exército inimigo. Para que Tebas não morra comigo.

A vida é curta e um erro traz um erro. Desafiado o destino, depois tudo é destino. Só há felicidade com sabedoria, mas a sabedoria se aprende é no infortúnio. Ao fim da vida os orgulhosos tremem e aprendem também a humildade. Já tarde Creonte se oferece em holocausto. Tebas morre com ele. O inimigo avança.

FIM



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