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Itinerário da Ontologia Clássica
(Henrique C. de Lima Vaz)

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Itinerário da Ontologia Clássica
Resumo feito por: MouraLima

A formação histórica do conceito de ontologia, ou ciência do ser, ou primeira, é radicalmente distinta de qualquer saber científico. As concepções gregas determinam nosso modus mentis, estabelecendo uma continuidade viva com o passado.
Para o autor, a permanência de problemas “eternos” pode ser tomada como signo que revela a constância de nossa natureza e a unidade de nosso destino.
O diálogo O Sofista de Platão pode ser considerado como carta magna da ontologia clássica. Na tentativa platônica de situar dialeticamente uma definição do sofista, são debatidas as idéias de Parmênides sobre o ser.
A superação de Heráclito já está dada na colocação do papel da Idéia no processo de conhecimento.
No Sofista mais do que em diálogos anteriores são assentadas as bases da ontologia como ciência.
Na tradição eleática o ser e pensar estão indissociavelmente ligados. A unidade inteligível está presente na questão do Uno. O aspecto estático e monista de Parmênides entretanto, não alcança a diversidade existente no mundo.
O diálogo parte de efeito ambivalente do logos em meio à juventude de Atenas inaugurando uma outra racionalidade para a ciência do ser.
Questão proposta: como relacionar o ser enquanto Idéia no logos que a exprime com a inerente multiplicidade que o estabelecimento de uma relação exige?
O esforço de Platão no ser que é Idéia, aponta uma linearidade uma “pluralidade ordenada” e não “unidade linear e indiferenciada. O apoio para isso está na oposição entre movimento e repouso.
Há também uma libertação do “dilema eleático“ através de conjugação entre identidade e alteridade. (Idéia tem identidade consigo e é ser entre seres).
O Ser conjuga identidade e multiplicidade na ontologia platônica.
A noção de participação é crucial para entendê-la “Se há juízo, há síntese; se há síntese, há diversidade; se há diversidade e síntese, há participação.”
Entretanto o ato inteligível escapa à intelecção, permitindo pensar em uma contemplação pura.
No Livro I da Metafísica de Aristóteles encontramos:.o ser se diz de várias maneiras mas permanece a idéia de uma unidade primeira. Essa unidade primeira é a substância. É ela que dá ao ser sua unidade tornando-o objeto de ciência única.
Para sair das aporias presentes no mobilismo de Heráclito, no “relativismo lógico” de Protágoras ou no monismo eleático, Aristóteles chega aos “princípios” não demonstráveis mas necessários a toda ciência do ser.
O primeiro deles é o princípio de não contradição. A originalidade de Aristóteles reside em prescindir da noção de Idéia como campo para formulação sobre o ser, que continua preservado e situado como acontecimento inédito vinculado ao ato intelectivo.
O autor aponta os limites advindos da determinação da essência no pensamento Aristotélico “Se a substância é, como vimos, o termo de referência que dá unidade ao ser, ela não é inteligível para Aristóteles senão enquanto universal.” A aporia está entre a pura forma lógica e a irredutibilidade da existência singular a ser exaurida na universalidade do conceito”
Desta maneira não pode ser formulada uma analogia dinâmica que seja síntese de essência e existência.
Há no processo intelectual uma análise que dissocia o aspecto formal e qualitativo transportando a singularidade material para a ordem da necessidade inteligível ou do universal. Há uma superação da limitação do “dado”concreto e conquista de um plano de perfeição formal
Santo Tomás ultrapassa Aristóteles concebendo a reintegração do eidos. Coloca como o passo seguinte a conquista de uma unidade: o ser do objeto se restitui (retorna como elemento referencial na apreensão?). Isto se faz sem fugir aos vínculos fortes da necessidade inteligível em que a inteligência o quer afirmar.

SJ, HENRIQUE C. DE LIMA VAZ. Itinerário da Ontologia. In: Ontologia e História. São Paulo.Edições Loyola. p.57.



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