Resumo de Noticias de Moçambique -

CARNAVAL AFRO MATSOLO 2008: (Parte 2)COMERETES, BEBERETES, DANÇA E EXTRAVAGÂNÇIA Desde o princípio da tarde que dezenas de empreendedores já tinham as barracas de comes e bebes prontas para a festa. Havia frango assado, espetadasde carnes diversas, Xima, batata frita, cervejas, refrigerantes e tudo o mais que foi sendo necessário para condimentar a festa. Ainda assim, houve quem preferiu evar consigo o seu farnel, a comida e a bebida, para evitar constrangimentos na hora da verdade. Assim mesmo, muitos chegaram a optar pelo extremo, fazendo-se ao local com garrafõesde vinho, garrafasde Whisky entre outras bebidas e destilados alucinogenos. Uma das consequências desta aventura, segundo testemunhou a nossa reportagem, foram os excessos que a partir de certa altura se começaram a assistir, com muita gente embriagada a acotovelar-se no espaço que parecia mesmo pequeno para tanta concorrência. No meio desta disputa de espaço, muitos acabaram se envolvendo em desacatos, do que resultaram dezenas de cenas de pancadaria, alguns dos quais acabaram na esquadra ou no... hospital. O trânsito, esse, esteve durante horas num verdadeiro caos... É que, entre os presentes naquele espaço, havia os que procuravam o convívio que qualquer festa sugere, e os que procuravam no convívio, motivos e para investir criminosamente contra os convivas. No que ao carnaval diz respeito, destaque vai para a criatividade que se destacou no disfarce de muitos presentes.Ainda assim, houve os que investiram muito pouco na criatividade, acabando por optar pelo paradoxo: homens trajados de mulheres e mulheres vestindo roupas muito justas ou demasiado curtas, como que fazer jus à ideia de extravagância que caracteriza a festa do carnaval. E, nalguns casos, o esforço de atingir o apogeu da extravagância, há aspectos da moral e até da boa educação que acabaram sendo penalizados, como foi,por exemplo, o caso dos jovens que passaram metade da noite do desfile circulando entre os convivas, trajados apenas de roupa interior. Festivo para uns, e até engraçado para outros, o gesto só não encontrava consenso entre todos os presentesa porque havioa, naquela festa, homens, mulheres e crianças. No caso, muitas crianças! Enquanto os presentes disputavam o pátio, com dezenas empoleirados nas acácias e outros tantos perigosamente instalados sobre os gigantescos paineis publicitários colocados no entre a empresa Salvador Caetano e o Centro Emissor da Rádio Moçambique, no palco, os músicos sucediam-se a destilar o melhor das suas criações, procurando empretar mais ar à sua graça. Assim mesmo, a música ia sendo intercalada entre o “play back” dos vários grupos jovens chamados a passar pelo palco e os interlúdios do “Disc Jokey” que, nalgumas vezes conseguia atingir o “coração” dos presentes com temas que extansiavam a plateia e punham-na aos gritos... Para o ano há mais. E o posto administrativo da Matola-sede volta a ser palco da festa, tudo porque o seu grupo representativo foi eleito vencedor do concurso promovido pela organização. O juri, composto por Elvira Viegas, Vasco Muthisse e Casimiro Wate, decidiu que este é o grupo que apresentou melhor coreografia, melhor dança e o melhor mascarado. “ O prémio preparado é um Kit jovens empreendedores que inclui frangos e ração para a iniciação na actividade de criação de frangos. A nossa perspectiva é oferecer aos jovens vencedoresdo concurso uma oportunidade de se iniciarem numa actividade geradora de rendimentos e que pode, se bem gerida, garantir o sustento de muitos deles...” explica Emídio Timba.

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