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Noticias de Moçambique
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Moçambique é um dos países mais poliglotas de África.A sexagésima primeira sessão das Nações Unidas, realizada em Maio de 2007, proclamou 2008 como Ano Internacional das Línguas. No entanto, em 1999, a 30ª Conferência Geral da UNESCO, institucionalizou o 21 de Fevereiro, como Dia Internacional da Língua Materna. Foi a propósito dessa celebração que o “Notícias” entrevistou recentemente Domingos do Rosário Artur, director nacional da Cultura para se inteirarmos um pouco mais sobre esta matéria ainda pouco divulgada entre nós. Para a entrevistado, não há língua que esteja em desvantagem em relação a outra, até porque todas “emprestam” os seus símbolos às outras. Para entendermos como surge o ano de 2008 como o Ano Internacional de Línguas, decretado pelas Nações Unidas (ONU), Domingos Artur conta que esta decisão se deve ao reconhecimento, por parte da ONU, de que a língua é um dos primeiros sinais de um povo e que o caracteriza. Por outro lado, por a língua ser um factor fundamental de promoção da unidade na diversidade e a compreensão mútua. O objectivo desta decisão, segundo explicou, é de estabelecer um momento no qual se sistematiza a reflexão e mobilização em prol das línguas. A partir de então, ao nível internacional, e particularmente sob os auspícios da UNESCO, várias acções e decisões foram tomando corpo relativamente às questões linguísticas, das quais se evidenciam, entre outras a contextualização do caso moçambicano, que é potenciado por uma diversidade de culturas e (paralelamente) uma multiplicidade de línguas, o que faz do nosso país um dos mais poliglotas do continente, ou seja, onde se falam muitas línguas. A este propósito, a fonte recordou que em conformidade com a Política Cultural de Moçambique e Estratégia de sua Implementação “as línguas nacionais constituem um importante património por serem o principal repositório e veículo das tradições nacionais, instrumento de comunicação da maioria dos moçambicanos e elemento fundamental para o envolvimento dos cidadãos na vida social, económica e política”. LINGUAS NACIONAIS SAO O MAIOR INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO Com efeito, apesar de Moçambique ter a língua portuguesa como língua oficial, as línguas moçambicanas são o maior instrumento de comunicação e suporte vital para a continuidade da cultura, civilização, produção de bens materiais e imateriais, harmonia no seio de uma percentagem muito importante de cidadãos e comunidades. “Por tudo isto, as línguas não são simples meio de transmissão de mensagens, na medida em que as culturas locais se fundamentam nas relações sociais e na comunicação. As línguas fazem parte do saber local dos povos”, observou. Não obstante, a língua portuguesa ter sido largamente promovida, ela não pode significar a secundarização das línguas nacionais pois estas são, acima de tudo, um dos elementos nucleares de identidade dos moçambicanos de todo o país. O entrevistado citando dados do II Recenseamento Geral da População e Habitação de 1997, aponta que a língua portuguesa é falada por apenas 39,6 porcento da população. E apesar dessa opção pelo português como língua oficial, a grande maioria dos moçambicanos se comunica e participa no desenvolvimento nacional usando apenas as línguas nacionais. Aqui se situa a relevância das línguas nacionais em Moçambique.O ensino bilingue e a alfabetização em línguas nacionais fazem parte das acções do Governo visando preservar as línguas nacionais como dimensão cultural entre as mais representativas, segundo Domingos Artur.



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