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Vençer a timidez
(site; composto pelo próprio)

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Os tempos não correm de feição para os tímidos, a começar no trabalho. As empresas esperam que cada empregado seja um desinibido vendedor de ideias. E querem que ele participe no trabalho em equipa e, se possível, que as lidere. Na escola, o tímido também não leva a melhor. A moderna cartilha pedagógica dita que os estudantes devem fazer apresentações públicas dos seus trabalhos e discutir as contribuições dos colegas. Na vida social é a velha história. Todas as semanas o grupo de amigos sai para tomar um copo e há festas em que se deve parecer alegre e expansivo. E há ainda o desafio de conquistar aqueles espécimes inatingíveis do sexo oposto. É verdade. A vida pode ser dura para as pessoas que se preocupam de mais com as opiniões dos outros. Veja um inibido no momento do suplício, quando ele precisa de falar em público ou está tentando chamar a atenção de alguém. Uma verdadeira tragédia. As mãos suam e o coração dispara. O rosto ruboriza-se, as pernas tremem e o estômago fica às voltas. A dificuldade da vítima em manter o contacto visual prolongado com os outros é ainda mais notória. «O tímido é alguém que se sente ameaçado, desconfortável e tenso em situações que são agradáveis para as outras pessoas», define com precisão o psicólogo francês Christophe André, autor do livro O Medo dos Outros.
Comece por pedir ajudaA melhor notícia é que nunca houve tanta ajuda à disposição. A timidez, antes considerada uma característica pessoal tão imutável quanto a cor dos olhos, hoje é vista como um distúrbio que, nos casos mais incómodos, precisa de ser tratada. Segundo os especialistas, se a pessoa se sente incomodada pela timidez, deve procurar ajuda. E pelas estatísticas é grande o número de candidatos ao socorro especializado. Informa a genética que 20% das pessoas nascem tímidas. A medicina sabe também que da legião de inibidos cerca de 2% vão desenvolver ao longo da vida a forma aguda de timidez chamada «fobia social». Mas este é um problema bem diferente. É uma doença tratada com anti-depressivos e cujos sintomas são constrangedores, a ponto de os pacientes não conseguirem assinar um cheque no balcão do banco ou perderem a voz diante do motorista de táxi.Timidez não é doençaMas a maioria dos tímidos não é doente. São apenas pessoas ansiosas, que têm mais dificuldade e menos vontade de se expressar do que os extrovertidos. «São pessoas normais, que, de certa forma, vão levando a vida social aos altos e baixos, esquivando-se dos vizinhos e limitando o contacto com os amigos ao mínimo possível», diz Lynne Henderson, psicóloga da Clínica dos Tímidos de Palo Alto, na Califórnia. Henderson sugere que os tímidos tentem contrariar a sua natureza, expor-se mais e, principalmente, parar de pensar que estão a ser observados. «As outras pessoas não são juízes implacáveis dos seus actos, das suas roupas nem das suas palavras», diz a psicóloga. «Pense que nem todas as mulheres são princesas do convívio social e que o mais seguro dos homens pode escorregar.» Os especialistas sustentam que a timidez é um distúrbio cuja solução está ao alcance das pessoas, e tudo o que é preciso fazer é dar o primeiro passo, admitindo o desconforto. «O tímido quer fazer uma coisa, sabe fazer, mas não consegue», afirma o psicólogo americano Philip Zimbardo, autor do livro Timidez, o Que É e o Que Fazer? É a pessoa que vai a festas e tem um bom reportório de assuntos para conversar, até ao momento em que se vê no meio de um grupo. Na sala de aula, sabe a resposta certa para a pergunta do professor, está ansioso para mostrar que sabe, mas a sua sabedoria eclipsa-se diante da simples decisão de levantar a mão. «Este é o tímido. É contido por uma voz interior que diz: “Cuidado, você vai fazer má figura e os outros vão-se rir de si.” Ele sente que é melhor não ser visto nem ouvido», explica Zimbardo. O drama do tímido não é a falta de armas para enfrentar os embates da vida, é apenas a falta de coragem no momento de usar essas armas. Não perca oportunidadesPelo que se descobriu recentemente sobre a inibição, vale a pena procurar ajuda. O tímido passa a vida a perder oportunidades e dinheiro. Algumas pesquisas revelam que eles ganham, em média, 10% menos que os assalariados sem essa inibição. Sabe-se ainda que os tímidos evoluem mais lentamente na carreira, são menos instruídos e têm até mais tendência para sofrer de alergias.Em termos profissionais, a inibição manifesta-se como um intruso disposto a incomodar ainda antes de ser admitido no primeiro emprego. O sintoma mais precoce e frequente — e o mais fácil de ser controlado com ajuda adequada — é o medo de falar em público. Enfrentar uma plateia é o grande desafio para os tímidos. «As empresas procuram cada vez mais profissionais que, além de terem boa formação, sejam também auto-confiantes, bem dispostos e positivos», alerta Thomas Case, presidente do Grupo Catho, empresa de recrutamento e selecção de executivos. Além de ser competente, o candidato deve ter boas ideias e saber apresentá-las. Com a ajuda de vídeos, Case treina os seus candidatos para a entrevista de recrutamento. «Um truque simples é não desviar o olhar dos olhos do entrevistador», ensina; «raramente uma pessoa tem uma segunda oportunidade de causar boa impressão.»



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