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Gritos no Vazio
(Gitta Sereny)

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Em seu livro “Gritos no Vazio” a jornalista austríaca Gitta Sereny retrata diversos aspectos, comprovados com dados e depoimentos, sobre a vida de Mary Bell, garota inglesa que com apenas 11 anos de idade, matou um garoto de 4 anos e nove semanas seguintes um outro de 3 anos.
Aponta em seu trabalho, diversos momentos, em que as atitudes da menina, consideradas nos tribunais como provas da aberração de sua personalidade, foram verdadeiros gritos de socorro, que poderiam ter encontrado ouvidos mais atentos. Gritos que se perderam no vazio, daí o nome do livro.
Embora estabeleça relações entre condições sociais precárias e criminalidade, não aponta em suas reflexões o aspecto sociológico como o grande causador da violência. Faz ao contrário, um levantamento minucioso de dados que oferece ao leitor convidando-o para um trabalho de remontagem, de reconstituição ampla do que se passou aquém e além dos cenários dos crimes.
O fato dos crimes em questão terem sido cometidos por uma menina mal saída da infância, traz uma inquietação em relação à qual cada um se defende como pode. Uma das saídas fáceis para este mal estar que a autora se incumbe de desmascarar, é a de uma total exclusão, como a que foi feita no julgamento de Mary designada ali como um “ser maligno”, “um monstro. ”
Lança então uma questão importante, para a qual não encontrou resposta ,sobre uma outra ordem de determinação que atuando de maneira diferenciada de uma criança para outra, resulta em atos como os que examina em seu livro. Denomina “ponto de ruptura” a esse ponto onde o ato se impõe e pergunta: “Também é verdade, entretanto, que ainda não entendemos o estímulo determinante para o “ponto de ruptura” nas crianças que matam ou cometem crimes graves, e que, para Mary Bell, aconteceu um dia antes de seu décimo primeiro aniversário. Sabemos agora, que as angustiantes recordações de Mary Bell demonstraram-nos que, uma vez atingido esse ponto de ruptura, a criança não tem como evitá-lo.”
A autora acredita que a partir de um entendimento do que aconteceu na infância de Mary Bell baseando-se na narrativa da própria Mary apresentada no livro, poderia progredir no sentido de compreender as pressões internas ou externas que podem levar crianças a cometer crimes.



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