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Poemas Completos De Alberto Caeiro
(Fernando Pessoa)

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Com o genial poder de síntese que singulariza sua linguagem poética, Fernando Pessoa condensa nesses dois versos a essencial renovação que, naquele momento, começava a ser gerada na Poesia Portuguesa - e na européia em geral... , mas que, ainda informe, não podia ser percebida pelo olhar comum. Raros poetas terão manifestado essa certeza, essa lucidez de Pessoa, não só com relação à essencialidade de sua própria criação, mas principalmente, à tarefa fecundadora que ela iria cumprir no processo renovador da poesia de seus contemporâneos.
-Hora Absurda-, longo poema de raiz simbolista -da fase inicial de Pessoa- expressa, em seu extraordinário jogo de imagens e sensações, a dialética fundamental ? Poeta X Poesia ?, que serve de leito à totalidade da produção poética fernandina.
Poeta que viveu no primeiro momento da crise que, em nosso século, iria dividir as águas entre o Tradicional e a Modernidade, Fernando Pessoa muito cedo revela uma aguda consciência de que o novo processo de Criação já havia começado -Chove ouro baço-, mas estava ainda limitado aos próprios criadores, não tendo ainda eclodido para todos -mas não no lá-fora...É em mim. Sou a Hora.
.La fora no panorama geral da nação, reinava a paralisação das formas de vida mas no enigmático campo da criação o novo já nascia.
Difícil dizer, de início, até que ponto o -eu- implícito nessa fala poética seria o do próprio poeta. Ou seria o -eu- do Poeta-ser-privilegiado, ? aquele que dá origem a Poesia e através de cuja voz a humanidade expressa sua evolução em marcha.
A lucidez de Fernando Pessoa, ao perceber a exata dimensão do que começava a acontecer em si mesmo e no mundo à sua volta, nos espanta.
Hoje, à distancia é fácil vermos que, naquele instante, Criação e Destruição se processavam intrincadamente ligadas. Mas ver por inteiro tal fenômeno no próprio ato do acontecer, exige uma percepção fora do comum, como era a do genial poeta. Note-se que -Hora Absurda- foi escrita em 1913. Portanto, bem no início do processo renovador que nosso século vem conhecendo. E já nesse momento Fernando Pessoa diz: "E a Hora é de assombros e toda ela escombros dela..." É assim que ele expressa o espanto diante da criação que emerge da própria ruína das formas tradicionais. Mostrando, inclusive, que Destruição e Criação são fenômenos polares que evoluem simultaneamente e não há como dissociá-los, sob pena de falsearmos a -verdade- de cada um.
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Poemas Completos de Alberto Caeiro
(Fernando Pessoa)

Pretenso mestre dos outros heterônimos e do poeta ortônimo, Caeiro pretende surgir-nos como um homem de visão ingênua, instintiva, gostosamente entregue à infinita variedade do espetáculo das sensações, principalmente visuais, por hipótese desfrutáveis por um rural clássico reinventado. Em teoria, Caeiro defende que o real é a própria exterioridade, que não carece de subjetivismos. Proclama-se antimetafísico, é contra a interpretação do real pela inteligência porque, no seu entender, essa interpretação reduz as coisas a simples conceitos. Caeiro é fácil de reconhecer por um certo objetivismo visualista que faz lembrar Cesário Verde, pelo interesse pela Natureza, pelo ritmo lento.

Alberto Caeiro é a figura fulcral da grande renovação poética que Fernando Pessoa idealizou para a literatura portuguesa e de que a Revista «Orpheu» terá sido, em 1915, momento inicial. A extrema originalidade da sua criação artística e as fecundas conseqüências que Reis Campos e o próprio Pessoa logo repercutem, vão ter, a longo prazo, efeitos notórios na sensibilidade estética do século.



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