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TURISMO SEXUAL
(Jonesoh; Adeel Kaweski)

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A TERRA DE SANTA CRUZ
Para uns descoberta em 22 de abril de 1500, já para outros, essa data serviu apenas para formalizar o dito achado apenas para consolidar fins políticos amenizando porfias entre Portugal e Espanha, pois já na época, se usava muito desses expedientes mesquinhos.
Muito tempo depois esse episódio tornou-se motivo de fofocas as mais desconcertantes entre brasileiros e portugueses, sim os próprios ditos descobridores da terrinha têm suas dúvidas sobre seus legítimos defloradores, acham que foram engambelados pelo vizinho espanhol, sempre fogoso e de sangue quente, tanto ou quanto mais adicto as coisas da terrinha, sim aquelas guloseimas primitivas que todos nós ainda gostamos enquanto tivermos as forças necessárias, ou desde que tenhamos o numerário requerido para o custeio de tão mimada paixão, hoje considerado um negócio explorado por muitos, por debaixo do pano é claro apoiado pelo jeitinho brasileiro.
Com ou sem desconfianças, os queridos irmãos agora também acompanhados de outras
raças continuam chegando ao paraíso, cabendo a nós, simples provincianos ilhotas, recebê-los com cordialidade e carinho, não se metendo na fofoca, pois aliás, este não é um país de conversa fiada, o que é dito aqui, é sacramentado. – Brincadeirinha né! Também não exageremos tanto, dirão alguns. É claro que não iremos recepcioná-los com colares multicoloridos, entregues por lindas morenas, “legítimo produto da terra de Santa Cruz”, o tempo passou e ficamos um pouquinho mais espertos. Tais exageros deixamos para os mais chulos, incipientes civilizações dalém mares que teimam em não progredir. Povos bárbaros que ainda queimam suas donzelas em rituais satânicos evocando as benesses de deuses que nós agora, brasileiros já “civilizados”, esquecemos e trocamos por outros mais modernos.
Pobres povos incultos, não sabem que o negócio agora é outro. Queimam abusivamente a melhor matéria-prima do mundo, transformam em cinzas o que de melhor existe, também nunca ouviram falar de “turismo sexual”, aliás, esta é uma invenção brasileira, o sangue quente latino que nos impregna o corpo, nunca esteve tão agitado. As cabeças, sim as cabeças, as duas nunca trabalharam tanto, pois somadas dão lucro fabuloso.
A de cima engendrando maracutaias as mais indecentes possíveis de se imaginar tais como (contas CC5, Proer, grampos, listas, gravações, etc.), e a de baixo penetrando nos escuros ou claros meandros das aconchegantes gringas que por aqui aportam à procura de algum “vodu”, uma saída mais excitante para seus problemas domésticos, que os gringos não sabem como resolver a contento, pois não estão “dando conta do recado direitinho”, uma vez que estão mais preocupados em preservar seus territórios queimando e explodindo seres alienígenas oriundos de mundos diferentes segundo os próprios. Estão mais interessados em desenterrar o nefando “nacional-socialismo” de tão triste recordação. Estão mais interessados em reabilitar o “nazismo” em nome de uma raça pura, porém quando cansam da pregação, lembram-se deste “mundo velho sem fronteiras” e vêem correndo para as delícias tropicais deixando de lado momentaneamente suas “convicções” preferindo mais o exotismo de nosso produto nacional, afinal ninguém é de ferro, nem eles, claro.
Até aí tudo bem. Ou mais ou menos bem. Quanto mais visitantes cheios da “bufunfa” por aqui aportarem tanto melhor, o povão agradece a grana deixada. Mas chegarem aqui de caso pensado só pra traçarem as menininhas têm muita gente que não gosta de ver isso, “mas na calada da noite eles também fazem”, afinal de contas também não são de ferro.
Pasmem senhores, foi só a opinião pública esclarecida pela mídia tentar um “movimentozinho” sem muita repercussão, que os próprios aliciadores outrora escondidos, aparecessem de uma hora para outra se descartando das “mocinhas de esquina” tornando-as entes pregressos, seres ridículos, vetores das piores doenças, lama suja das calçadas nojentas, coadjuvantes do triste filme que atualmente está em cartaz “turismo-sexual”, que os próprios incentivaram com espalhafatosos cartazes distribuídos pelo mundo todo com a conivência do governo brasileiro. Isto tudo porque a batata deles começou a assar.
Ora, vamos mais devagar com o andor que o santo é de barro. Será só nas ruas, esquinas, pequenos hotéis de entra-e-sai, barracas de praia, programas de televisão com pseudomodelos – “Será que posso deixar meu telefone de contato? Posso?” que o negócio se desenvolve? Será que os interessados em acabar com as prostitutas de rua terão a coragem necessária para irem mais fundo no lodo que acabaram de chafurdar? Será que o medo de encontrarem as próprias pegadas no barro fétido não os fará estacionarem onde estão? Só o tempo dirá, porém eu como pessimista que sou em se tratando do referido caso, e também de muitos outros, estou comprando refrigerantes e arrumando a mesa, porque um certo produto italiano de forma circular enriquecido com muitas iguarias assado em fornos ou pedras que o paulista tanto gosta não tardará a assar.
Mas até lá, e como a oportunidade faz o ladrão, muitos aproveitadores já se puseram a trabalhar antevendo na ocasião a chance de faturarem coisas que lhes farão bem para o ego insaciável. A corja deverá permanecer de plantão enquanto durarem os acontecimentos, alguns entregarão os próprios vizinhos à guisa de uma volta triunfal à moralidade, outros, tentarão justificar-se jurando de pé-junto que não sabem de nada, mas já se sabe, são farinha do mesmo saco.
Enquanto isso, antes que o pau quebre, vou dar uma chegadinha ali na esquina, tchau tá? - afinal também não sou de ferro.
Adeel Kaweski



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