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Antecipar a felicidade
(Adriana Campos; composto por mim)

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A maior parte da vezes, criamos expectativas tão elevadas que o confronto com a realidade é uma verdadeira desilusão. " Num estudo, foi dito a alguns voluntários que tinham ganho um jantar num fabuloso restaurante francês e foi-lhes depois perguntado quando gostariam de o comer. Já? Esta noite? Amanhã? Apesar do prazer do jantar ser óbvio e tentador, a maior parte dos voluntários preferia adiar um pouco a visita ao restaurante, geralmente até à semana seguinte. Porquê este atraso auto-imposto? Porque, ao esperarem uma semana, estas pessoas não só iriam passar algumas horas saboreando ostras e sorvendo Château Cheval Blanc 1947 como também antecipariam todo esse saborear e sorver durante sete dias. Adiar prazeres é uma técnica inventiva de conseguir o dobro do sumo com metade do fruto. Na verdade, muitos acontecimentos são ainda mais agradáveis de imaginar do que de experimentar... "Extraído do livro Tropeçar na felicidade de Daniel Gilbert. Editora. Estrela Polar. Os acontecimentos futuros que a nossa mente antecipa como grandiosos são frequentemente uma grande decepção! As férias são um exemplo muito frequente disso. Recentemente, um amigo confessava-me: "Como é que num lugar paradisíaco como aquele, sem ninguém a moer-me os neurónios e com a saúde em plena forma, fui incapaz de me sentir verdadeiramente feliz e tirar prazer de todo aquele ambiente calmo e sereno?!" A maior parte da vezes, criamos expectativas tão elevadas que o confronto com a realidade é uma verdadeira desilusão. Frequentemente sentimos que, melhor que a vivência de um acontecimento, é a sua preparação!Atendendo a que muitos de nós têm mais prática de imaginar acontecimentos bons do que maus, o melhor mesmo é começar a aproveitar logo que a imaginação nos diga que algo fabuloso está para acontecer. Pensando num caso concreto: se é daqueles que passa o ano a planear as suas férias, o ideal é ir tomando consciência de que a preparação também é parte integrante da viagem. Uma vez que o nosso lobo frontal (ver artigo "Presos ao futuro") nos obriga a viajar continuamente para o futuro, temos é que imaginar futuros felizes, já que estes também contribuem para a nossa felicidade. No livro O Principezinho , a raposa também refere a alegria que resulta da antecipação de acontecimentos positivos:" O principezinho voltou no dia seguinte. - Era preferível teres vindo à mesma hora - disse a raposa. - se vieres, por exemplo, às quatro horas da tarde, a partir das três horas começo a ser feliz. Quanto mais se aproximar a hora, mais feliz me sentirei. Às quatro horas perturbo-me e inquieto-me; descobrirei, assim, o valor da felicidade! Mas se vieres seja quando for, nunca sei a que horas hei-de ataviar o coração... ".Tudo indica que tirar partido de determinados momentos antes de estes acontecerem não é, efectivamente, o mais difícil. O que parece mais complicado é viver plenamente esses momentos antecipadamente sonhados. Penso que só poderemos resolver esta dificuldade tendo em consideração que as nossas expectativas habitualmente são tão elevadas, que nos impedem de considerar outras facetas possíveis da realidade, aquelas que nessas circunstâncias não incluímos nos sonhos prévios.



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