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A Experiência Interior
(Thomas Merton)

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Thomas Merton escreveu " AExperiência Interior" pelos idos da década de 1950, mas somente agora (2007), podemos ver esta pérola de uma espiritualidade dialógica. Refiro-me a uma espiritualidade dialógica, porque o autor busca, de fato, estabelecer um diálogo entre a tradição cristã e o zen budismo.
O que nos toca nessa leitura é quando Merton fala de uma profunda realização interior , algo que todo e qualquer ser humano busca. Denominada Satori na tradição Zen, esta realização interior nos faz relembrar níveis esquecidos de interioridade da nossa natureza espiritual.Guardando as devidas diferenças, esta descoberta da interioridade , é algo que soa muito familiar na tradição cristã. São João da Cruz, dentre outros místicos cristãos citados por Merton, fala de uma jornada de fé e amor que nos conduz às profundezas de nosso próprio ser e nos libera para que possamos ir além de nós mesmos em direção a Deus.
Destarte, para João da Cruz a vida mística culmina em uma experiência de Deus que transcende toda descrição e somente é possível porque a alma foi completamente transformada em Deus, de modo que, de alguma forma, se torna um único espírito com ele.
Mas, o que Merton quer mostrar é que, para que esta interioridade - também chamada de contemplação pelo autor- seja descoberta, o que se deve buscar em primeiro lugar é tentar resgatar a unidade natural fundamental da pessoa humana. Para tanto, é necessário reintegrar seu ser fragmentado em um todo simples e aprender a viver como uma pessoa humana unificada. O significado dessa profunda afirmativa ontológica, no dizer de Merton, está em que, é necessário ajuntar os fragmentos de toda uma existência dispersa. Nesse sentido, quando a pessoa puder dizer "eu", haja verdadeiramente alguém presente para dar sentido e suporte ao pronome que acaba de pronunciar. Ao contrário, pois, do que se vê, quando nossas afirmações provêm não de nós mesmos, mas da autoridade anônima da coletividade, que fala por meio da máscara "você".



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