Diário de Notícias
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Artigo: Tolerância Zero - Violência Doméstica Texto Original de Ana Fonseca e Ana Pago (modificado por mim - Zezita71)Revista de NS(Notícias Sábado) Publicado a 8/Março/2008 No Dia Internacional da Mulher, os números oficiais, são assustadores: 14 534 são vítimas de agressões no espaço familiar. A sociedade pactua com o flagelo mais grave de todos os tempos. Um caso relatado: - Beatriz (nome fictício) trabalha numa loja de pronto-a-vestir há muito tempo e quem olha para ela, não pode imaginar, que durante anos foi vítima de violência doméstica. Dez anos de um casamento, de solidão e loucura, que quase a levou ao fim. Agora que tudo terminou, ainda não compreende o porquê de ter aguentado a tortura. Pelos filhos? Por si? Pelo casamento? Não sabe explicar! Tinha a esperança que houvesse uma luz ao fundo do túnel e que o marido se tornasse no sonho de amor, que todas as mulheres tem. Beatriz conhecera-o por intermédio de um colega do liceu. Na altura sonhava em ser educadora de infância. António seguiu Engenharia Civil. Após algumas saídas surgiu a paixão e ansiaram-se momentos de felicidades! O namoro prolongou-se porque não tinham recursos financeiros, nem apoios familiares. Ela acabou por trabalhar num Shopping. Casaram e ela já ia grávida. Alugaram uma “casinha” e assim que o filho nasceu, houve sinais de conflito, ele acusava-a de não ter tempo para ele e não ligava ao filho. Sucederam-se muitas agressões verbais e psicológicas. Por momentos voltava a ser meigo e Beatriz acreditava. Mas era sol de pouca dura. Voltou ao trabalho, quando o bebé fez seis meses. Acreditava que era uma fase e que tudo ia passar. Mas a situação não melhorou, agravou-se e António passou a agredi-la fisicamente, pois tinha escutado uma conversa que tivera com a sua mãe, em que se queixava que as coisas não estavam bem. A primeira vontade foi fugir com o filho, mas acabou por perdoá-lo, o coração tinha falado mais alto! Depois, foi um misto de agressões e a última: em que lhe bateu vários muros que a levaram ao chão, dando-lhe pontapés sem parar, fez com que fugisse para sempre, com o filho pelas mão e um outro na barriga, com uma pequena mala. Fez queixa na Psp e viveu escondida, na casa de uma tia afastada, em Santarém. Não contara a ninguém onde estava, nem aos pais. Só ao fim de dois anos, porque encontrara um novo amor, tivera coragem de voltar a Lisboa. António estava em África a trabalhar e nunca mais dera sinal de vida!
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