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Um louco
(Guy de Maupassant)

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Neste conto fantástico, Guy de Maupassant une o naturalismo, ou seja, a explicação científica de certos fenômenos, como o da escuta, ao fantástico, o impenetrável, inexplicável, como o conceito de alma de então (segunda metade do século 19, antes das primeiras teorias psicanalíticas e de A Interpretação dos Sonhos, sua obra fundante, escrita por Sigmund Freud e lançada em 1900), antes, o magnetismo inexplicável e daí a idéia do "louco". O que não pode ser explicado pela ciência do naturalismo, aqui, é loucura. Dá as pistas de Carta de Um Louco e O Horla, outros contos da safra posterior do escritor, ao mencionar que o homem é limitado por seus órgãos de percepção. Mas já fala do horror que vem de dentro, indomável, porque desconhecido, tentando se expressar no externo, sem interlocutores preparados para isso. É como se a música existisse mas não a membrana do ouvido que permite escutá-la. Ele fala de "um outro em mim", o seu duplo e ao mesmo tempo estranho (fora, no além) que aparecerá em O Horla?
"(...) Pois bem, nós somos rodeados de coisas que jamais percebemos, porque nos faltam os órgãos necessários que no-las revelem." (mais tarde, aboirdará isso em Carta de Um Louco)
"Quanto a mim – Quanto a mim, sou dotado de um poder espantoso. Dir-se-ia haver outro ser encerrado em mim, que deseja, sem cessar, evadir-se, agir a minha revelia, um ser que se move, que me rói, que me possui. Quem é ele? Nada sei, mas somos dois em meu pobre corpo, e é ele, o outro, que freqüentemente é o mais forte, como acontece esta noite." (pinceladas de O Horla)
Ele fala no poder do magnetismo sobre seres humanos, animais e coisas... e diz "E isso me atormenta e me apavora. Quantas vezes me assaltou o desejo de vazar os olhos e decepar as mãos!"
"Ele caminhava a passos largos, feito um alucinado, e suas mãos saíram dos bolsos... (...)."
No desfecho do relato sobre "Um louco", Maupassant volta à cena da chuva, fator externo de perturbação inicial e terror, que desencadeou a confidência de Jacques. A confidência, a fala e a demonstração parecem aliviar Jacques que não sente mais medo da tempestade que se aproxima:
"Um estrondo percorreu a folhagem, semelhante a uma rajada de vento. Era o aguaceiro, a pancada de água, chovia torrencialmente. Jacques começou a respirar a plenos pulmões, soerguendo o tórax. – Deixe-me - disse -, a chuva vai acalmar-me. Neste momento, desejo ficar só."



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