PROZAC NÃO É EFICAZ NA MAIORIA DOS DOENTES DE DEPRESSÃO
(Teresa Firmino do Jornal Público)
Uma equipa de cientistas que analisou os resultados de 47 ensaios clínicos, uns publicados e outros que as empresas farmacêuticas nunca tornaram públicos, declarou que a nova geração de anti-depressivos só ajuda os casos mais graves.Quem está deprimido tem baixos níveis de serotonina, um mensageiro químico importante na comunicação entre as células cerebrais e no estado de espírito. Os anti-depressivos conhecidos como inibidores da recaptação da serotonina, aumentam os níveis desta última.Quatro anti-depressivos - a fluoxetina ( Prozac), a paroxetina, a venlafaxina e a nefazodona - foram incluídos no estudo liderado por Irving Kirsch, da Universidade de Hull, no Reino Unido.Destes anti-depressivos, só o Prozac, o mais vendido no mundo, é consumido por 40 milhões de pessoas.Ao compararem todos os dados, os cientistas repararam que os doentes moderadamente deprimidos e tratados com anti-depressivos, não apresentavam melhorias significativas em relação aos doentes que tomavam placebos (medicamento falso - sem princípio activo).Só um grupo muito restrito de doentes, extremamente deprimidos, parecia ter beneficiado dos anti-depressivos."Isto significa que as pessoas deprimidas podem melhorar sem tratamentos químicos", diz Irving Kirsch.
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