Resumo de posse polêmica - Orlando Brito; Renato dos Anjos

POSSE POLÊMICAAcordos Sigilosos Garantiram Sarney na Presidencia Pode se preparar, o senhor vai assumir o governo, foi assim que o médico Renault Mattos Ribeiro que examinou o então presidente eleito Tancredo, deu a notícia sobre a gravidade da doença a Sarney na tarde de 14 de março ,ficou espantado com a notícia pois havia estado com Tancredo pela manhã, e na ocasião estranhou am mãos frias e o cachecol no pescoço apesar da temperatura amena que fazia em Brasília.A noite se deu conta do que o médico falara pois recebeu uma ligação anunciando a internação de Tancredo. Então correu ao hospital onde encontrou o Deputado Ulysses Guimarães lider do PMDB, ex MDB principal partido de oposição ao regime militar.Então Sarney se perguntou, quem deveria assumir a presidencia com o impedimento de Tancredo. Tancredo porém tinha a mesma preocupação, Francisco Dornelles seu sobrinho e ex Diretor da Receita Federal e escolhido para ser o Ministro da Fazenda, disse-lhe que o chefe da Casa Civil, Leitão de Abreu e o proprio presidente Figueiredohaviam garantido por telefone que ninguém impediria a posse de Sarney. Era Mentira pois foi a única maneira de convenser Tancredo a se internar para a cirurgia. Ele achava que uma vez impedido de tomar posse seu vice José Sarney não poderia ser considerado seu substituto legal, e pela lei Tancredo tinha razão.Então foi preciso então fazer um acordo de cavalheiros para uma solução imediata livre das interpretações da lei, para que pudesse dar a posse a Sarney. Restava apenas o medo de uma virada de mesa. Sarney, ex presidente do PDS, partido de sustentação ao regime militar, foi considerado inimigo aos oposicionistas.Ulysses presidente da Camara de Deputados seria a primeira alternativa na linha sucessora, mas também havia o medo de que os militares não topariam, pois Ulysses era oposição ao regime militar, ele naquela noite não fincou pé, pois havia o receio de que não dar a posse ao vice poderia sugerir que a eleição nao valera e que assim seria necessário um novo embate no colégio eleitoral, relata Sarney. Ficou melhor acertado garantir a posse a Sarney. Interessado Sarney foi para casa, enquato as negociações para arranjar apoio dos congressistas, de notorios constitucionalistas e de membros do STF, continuaram pela madrugada, as três da manhã Sarney recebeu uma ligação do General Leonidas Pires Gonçalves, comandante do terceiro exército e principal interlocutor entre Tancredo e as forças armadas, amigo pessoal de Sarney, com quem se reunia secretamente em Brasilia, para informar que ele e Leitão defenderam a sua posse numa conversa com Figueiredo e o ministro do exército Walter Pires. Walter Pires quis reunir seus comandados para deliberar o assunto, mas a exoneração dos ministros já havia sido publicada, então Walter Pires não mandava em mais nada. Leitão simpatizante com a chapa Tancredo - Sarney havia antecipado em um dia o desligamento do ministério. Sendo agora o ministro do exército o General Leonidas, Figueiredo porém recusou-se a ir a cerimônia de posse e assim evitou passar a faixa de presidente para Sarney. Sarney tornou-se presidente ás 10 horas da manhã de 15 de março. A nova republica ironicamente começava com um dos nomes de ponta ao regime anterior no comando, mas que mudou de lado recentemente.

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