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Quem faz gemer a terra
(Charles Kiefer)

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Obra: Quem faz gemer a terra Autor: Charles Kiefer Charles Kiefer é natural de Três de Maio, no Rio Grande do Sul. Nascido em 1958, publicou mais de 30 livros e recebeu diversos prêmios. Suas obras já foram traduzidas para o francês e o espanhol. Editora: Editora Record Estilo Literário: Romance Edição: 7ª edição Local onde se passa a história: a história se passa em locais distintas de acordo com as diversas fases da vida dos personagens. Ela começa em uma cela no Presídio de Porto Alegre, passa pela localidade interiorana onde ficava a casinha de tapera, pelo acampamento sem-terra e termina onde começou. Estilo de Narração: em 1ª pessoa. O próprio personagem conta sua história e está presente em sua narrativa. Personagens Principais: * Mateus: homem corajoso, responsável. Chora com facilidade. Gostava muito das histórias contadas pelo avô. Tinha muita imaginação. * Neusa Konig da Silva: esposa de Mateus. Professora da escolinha do acampamento sem-terra. Moça de bracinhos finos, pernas compridas, peito seco e, na visão de Mateus, voz de passarinho e olhos pretos que ele gostava de olhar. Moça forte e decidida. Personagens Secundários: * Lindolfo Lang: avô de Mateus. Veio da Alemanha ainda criança. Homem pequeno e magro, andava sempre ereto, de queixo erguido e nariz empinado, grande contador de histórias. Morreu quando Mateus ainda morava na casa onde nasceu. * Moisés: pai de Mateus. Morreu de pneumonia no acampamento. Homem muito amado por seus filhos. Não tinha muitas iniciativas, mas buscava proporcionar à família uma vida melhor. * Débora: mãe de Mateus. Mulher submissa ao marido, mas que tinha sua teimosia em certos assuntos. * Pedro: irmão de Mateus. Homem muito cético e decidido * Padre Douglas: homem bom e corajoso. Padre do acampamento, que ajudava os sem-terra na hora das doenças e mortes. Realizou o casamento de Mateus e Neusa. * Junqueira: vivia no acampamento sem-terra. Espécie de líder. Responsável por cuidar da administração do acampamento. Coordenador das reuniões. Resumo da Obra O livro conta a história de Mateus. Num primeiro momento do livro, a família de Mateus vivia em uma casa de tapera no interior. Lá, as lembranças do personagem fazem referência à infância com os irmãos, pais e avô, às brincadeiras, às histórias. Sobreviviam plantando milho, arroz do seco, mandioca, batata-doce, feijão e cana-de-açúcar e fazendo melado, até que o pai de Mateus, querendo melhorar de vida, resolveu plantar soja. Uma seca acabou com os planos da família e, depois de muitas dívidas acumuladas no banco e nenhuma perspectiva de melhora, Pedro convenceu a família a se mudar para um acampamento sem-terra na cidade de Pau d’Arco. No acampamento ele conheceu uma forma diferente de organização: a coletividade. Todos plantam e colhem para o benefício geral da comunidade que formaram. Os acampados dormem em barracas, tem uma pequena escola, uma diretoria e reuniões, onde todos avaliam o andamento do movimento e dão sugestões para melhoria. Mateus conheceu também a dura realidade da reforma agrária no Brasil, ou melhor, a quase inexistência de uma reforma agrária no Brasil, conheceu as represálias por parte da polícia e dos donos das fazendas e também aprendeu, junto aos seus companheiros, a lutar, reivindicar, através de protestos pacíficos, ou não, pela causa dos sem-terra. Mateus participava ativamente da vida do acampamento, fazia parte da equipe de segurança. Conheceu traidores, como Osvaldinho, que considerava um amigo, mas era, na verdade, um espião da prefeitura. Passou por momentos felizes, como os bailes com música e dança que realizavam, onde ele começou a namorar com Neusa. Teve também, momentos muito tristes, como quando um avião com o pulverizador de inseticidas aberto sobrevoou o acampamento, acabou matando envenenadas quatro crianças, fazendo com que Neusa quase abortasse o filho que estava esperando e trazendo conseqüências muito sérias para algumas mulheres grávidas, como Tereza, que depois de gerar uma criança defeituosa (o livro diz que a criança nasceu sem cérebro), acabou indo parar no hospício em Porto Alegre e mais tarde enforcou-se com o lençol da própria cama. Muitas mortes e muitos nascimentos ocorreram no acampamento. Mateus perdeu companheiros, fez protestos, brigou com fazendeiros e com policiais, passou muitas privações esperando o pedaço de terra que nunca vinha. Até que, num dia, a Assembléia geral dos sem-terra aprovou uma grande manifestação na Praça da Matriz em Porto Alegre. Lá, acabou surgindo um confronto entre colonos e policiais. De um lado os colonos armados com foices e facões e, de outro os guardas, armados com pistolas. Ao se ver na mira de um revólver, Mateus acaba atingindo e matando um policial com uma foice e vai parar na cadeia. Preso, ele relembra sua infância, sua juventude, sua vida adulta, como em um filme. Pensa o que teria acontecido se tudo fosse diferente, se não tivesse matado o soldado, ou se nunca sequer tivesse saído da sua casa de tapera. Neusa o visita com José, seu filho e nessas horas ele acaba ficando mais triste ainda. Na cadeia ele tem muito tempo para pensar, refletir, não se acha um marginal, mas o peso do crime está sobre seus ombros. Através das lembranças, pensamentos e reflexões de Mateus na sua cela em Porto Alegre, Charles Kiefer, em uma narração absolutamente fascinante, nos conta um pouco da história dos colonos sem-terra do Rio Grande do Sul.Escreva seu resumo aqui..



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