Existentialism and Humanism (parte 2)
(Jean-Paul Sartre)
O valor e sentimento.
Não se pode determinar o valor de um afeto, a não ser que precisamente, pratique-se um ato que o confirme e o defina.
O sentimento é construído pelos nossos atos.
O sentimento é construído pelos atos que se praticam. Não se pode, pois, consultá-lo para guiar-se por ele.
Escolha e compromisso.
Escolher o conselheiro é comprometer o conselho.
Não há moral geral.
Nenhuma moral geral pode indicar o que se deve fazer, não há sinais no mundo.
O desespero.
O desamparo implica sermos nós a escolher o nosso ser, ele é paralelo da angústia. Quanto ao desespero esta expressão tem um sentido extremamente simples.
Os possíveis.
Quando se deseja uma coisa, há sempre uma serie de elementos prováveis. Contudo, não se trata de confiar nos possíveis senão na estrita medida em que a nossa ação comporta o conjunto desses possíveis.
Desespero e ação.
“Vencermos-nos antes a nós do que ao mundo”. Agir sem esperança.
Não há natureza humana.
O homem é livre e não há nenhuma natureza humana em que se pode basear-se. Logo, não se pode confiar na bondade humana.
O compromisso.
Não se deve ter ilusões e deve fazer o que puder.
O existencialismo opõe-se ao quietismo.
O quietismo é atitude das pessoas que dizem: os outros podem fazer aquilo que eu não posso fazer.
A doutrina que é apresentada é justamente a aposta ao quietismo, visto que, só há realidade na ação; vai mais longe, visto que acrescenta: o homem não é senão o seu projeto, só existe na medida em que se realiza, não é portanto, nada mais do que o conjunto dos seus atos, nada mais que a sua vida.
A má-fé.
‘“As circunstanciais foram contra mim, eu valia muito mais do que aquilo que fui”.
Colocar a culpa das coisas que deram erradas ou não aconteceram no “destino”, esquecendo que tudo dependia apenas de si para que se concretizasse.
O homem é o que ele faz; não é mais que a sua vida.
O que queremos dizer é que um homem nada mais é do que uma série de empreendimentos, que é a soma, a organizadas relação que constituem estes empreendimentos.
Responsabilidade do homem.
Quando o existencialismo descreve um covarde, diz que este covarde é responsável pela fisiológica, mas sim se constitui covarde pelos seus atos.
O existencialismo é uma doutrina otimista.
Não é uma filosofia do quietismo, visto que define o homem pela ação; nem como descrição pessimista do homem; não há doutrina mais otimista, já que o destino do homem está nas suas mãos.
· A subjetividade.
A única coisa que permite o homem viver é o ato. Por conseguinte, neste plano, preocupando-nos com uma moral de ação e de compromisso. No entanto, objetam-nos ainda, a partir deste poucos dados, que encerramos o homem na sua subjetividade individual.
· O “cogito”
Doutrina baseada na verdade, e não em um conjunto de teorias bonitas,cheias de esperanças, mas sem fundamentos reais. Não pode haver outra verdade, no ponto de partida, senão está: penso logo existo[sou].
· Existencialismo e materialismo.
Todo materialismo leva a tratar todos os homens, cada qual incluido, como objeto, quer dizer, como um conjunto de reações determinadas, que nada distingue do conjunto das qualidades e dos fenômenos que constituem uma mesa ou uma pedra.
· Subjetividade cartesiana e subjetividade existencial.
A subjetividade que atingimos não é uma subjetividade rigorosamente individual, porque demonstramos que no cogito não descobrimos só a nós, mas também aos outros. Pelo penso, contrariamente à filosofia de Descartes, contrariamente à filosofia de Kant, atingimos a nós próprios em face do outro, e o outro é tão certo para nós como nós mesmo.
· A existência de outrem.
O homem que se atinge diretamente pelo cogito descobre também todos os outros, e descobre-os como a condição da sua existência.
· A condição humana.
Se é possível achar em cada homem uma essência universal queseria a natureza humana, existe contudo uma universalidade humana de condição.
· Situação histórica e condição humana.
As situações históricas variam: o homem pode nascer escravo numa sociedade pagã ou senhor feudal. Contudo, o que não varia é a necessidade de estar no mundo, de lutar, de viver com os outros e de ser mortal.
· Universalidade do projeto individual.
Embora os projetos possam ser diversos, pelo menos nenhum é inteiramente estranho porque todos se apresentam como uma tentativa para transpor estes limetes ou para os fazer recuar ou para os negar ou para nos acomodarmos a eles. Por conseqüência, todo projeto, por mais individual que seja tem um valor universal.
· Universalidade do homem.
É possível conhecer qualquer indíviduo, desde de que tenha esclarecimentos necessários. Neste sentido, podemos dizer que há uma universalidade do homem.
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