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Guerras religiosas
(Marco Antonio Santos Cruz)

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Piratas das CanáriasOS 40 MÁRTIRES DO BRASIL Recapitulando: Na década de 1430, Portugal, através de D.Duarte, chegou a pedir reparação pelos danos sofridos pelos navegantes lusos diante das investidas de corsários apoiados pela Bretanha [atual França]. O historiador português Pedro Silva, entretanto, cita evidencias de que Portugal, por sua vez, também apoiava o “corso" Já em 1480, o rei de Portugal Afonso V ordenou que as tripulações de navios estrangeiros aprisionados na costa Africana fossem sumariamente jogados no mar. O padre Inácio de Azevêdo, visitador dos jesuítas fez parte da expedição de conquista do Rio de Janeiro e assistiu ao massacre dos tamoios. Ele constatou a necessidade de um maior contingente de missionários no Brasil para proceder uma catequese pacificadora. De volta a Portugal ele começou a treinar um novo "esquadrão de missionários". A 5 de julho de 1570 partiu a frota de sete naus e uma caravela com os novos missionários. Após uma parada na Ilha da Madeira, um vento contrário obrigou a “Nau Santiago” a fundear perto de Palma. Ficaram cinco dias em Terça-Corte aonde muitos tiveram maus presságios. Inácio de Azevedo consolou a todos dizendo: "O mal maior que nos podem fazer é mandarem-nos mais cedo para o céu”. Todos iam alegres e contentes cantando hinos e salmos e tangindo suas violas e guitarras. O mar estava muito sereno e transparente, sem vento e quase sem ondas.Era o dia 15 de julho de 1570. Ao longe foram avistadas várias velas.Pensou-se que eram as demais naus da frota, mas logo se reconheceu que eram francesas.Os corsários rapidamente abordaram a Nau portuguesa, que revidou com sua artilharia. A frota inimiga somava mais de 300 contra apenas cerca de 30 homens armados na Nau Santiago. Jacques Soria, capitão da nau "Príncipe" ,corsário da Rainha de Navarra, protegido do almirante francês Coligny era “oficialmente fora da lei”. Na terceira tentativa ele conseguiu penetrar homens na Nau Santiago. O Pe. Inácio de Azevedo já estava junto ao mastro principal animando a todos segurando a imagem de Santa Maria.Quando solicitaram que os demais jesuítas combatessem, ele os cedeu apenas para socorrerem os feridos. O primeiro jesuíta a perecer foi Bento de Castro, o mestre dos noviços. A seguir o padre Inácio de Azevêdo, após muito apanhar e ferido, foi lançado ao mar sem nunca se desgarrar do quadro de Nossa Assim descreveram um martirizado: "Foi despido[...]fizeram todo em fatias[...] outros com os canos das espinguardas lhas quebravam pollas canella[...] não o quiseram logo acabar de matar, nem lançar ao mar, mas assim vivo o deixaram para o verem mais penar". O beato Francisco de Magalhães atirado ao mar exclamou: Deus vos perdoe isto que fazeis! Brás Ribeiro teve seus miolos espalhados pelo chão. No meio da refrega o padre Pero de Andrade lavava as feridas com vinho consolando a todos. Os sobreviventes relataram sobre Aleixo Delgado: "Aquele padrezinho que nos cantava a doutrina se foi ao fundo com a cabeça para baixo e com os braços abertos na forma de cruz". O beato Álvaro Mendes, acamado durante toda a viagem, levantou-se e vestiu-se para lutar. Enquanto era aguardada a execução Luís Correia ofereceu biscoitos aos irmãos. O noviço Simão da Costa que não trajava a roupeta da companhia foi confundido como filho de mercador. Questionado se era jesuíta, jubilou-se que era. Teve a cabeça cortada, e assim foi lançado ao mar. Foi o único degolado. Alguns, entretanto, foram lançados ao mar sem serem feridos, mas todos foram despidos e, uma vez no mar, "levantavam os crucifixos por riba das agoas com as mãos alevantadas". Jacques Sória questionado do porque da sentença de morte, respondeu: "porque hiam pregar a falça doutrina no Brasil e enganar os coutados dos brasis". O irmão João Sanchez, moço pequeno, escapou, pois era auxiliar de cozinha: "deixai este para garçon". Em 1572, a 23 de agosto , uma multidão de fanáticos católicos matou 3 mil protestantes na França. Era o massacre do “Dia de São Bartolomeu”.



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