Divórcio entre os tupinambás
(Marco antonio Santos Cruz)
DIVÓRCIO ENTRE OS TUPINAMBÁS
A maioria dos brasis era monógama. Alguns possuíam duas ou mais mulheres. Certos Morubixabas chegavam a ter mais de dez esposas.
Da puberdade ao casamento as jovens praticavam uma ampla liberdade sexual. Para Thevét, uma tupinambá raramente chegava ao casamento sem ser "provada". Após o casamento procuravam ser fieis, pois, caso contrário, poderiam ser repudiadas, açoitadas e até mortas pelos maridos.
Abbeville conta que o matrimônio dissolvia-se pela simples decisão de um dos conjugues. Caso fosse maltratada a mulher também podia repudiar o marido. Após o divórcio dificilmente a mulher conseguiria outro marido.
Ela poderia dizer que estava farta do marido. E este lhe responde sem se perturbar: Ecoain!Isto é: Vá para onde quiser!
Em 1557, em São Vicente, uma americana cedida pelo irmão a um aldeão já casado, por negar-se à com ele conviver [devido às recriminações dos Jesuítas ], foi "tosquiada", "queimada" e maltratada pelo irritado quase-esposo [Leite-1957:336].
Nota-se que os jesuítas impediram a união ilícita, mas não conseguiram impedir os maus tratos.
Os tupinambás suspendiam o intercurso sexual na gravidez e durante o primeiro ano de vida do recém-nascido. [F.Fernandes]. Este era um dos motivos de terem mais de uma esposa.
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