O Mito do Herói Interior
(Entrevista de Ana Elizabeth Diniz com João Timponi de Moura)
Baixar o anexo original “O Herói Interior” O curso de mitologia “O Herói Interior” é tema de entrevista para o jornal O TEMPO com o psicoterapeuta, João Timponi de Moura, 60, membro fundador do Grupo Mineiro da Simbólica Junguiana. Também músico e escritor (autor do livro “Pano de Prato”). João Timponi relaciona os heróis com os arquétipos junguianos, ressaltando que o mito da jornada interior que o homem percorre em sua existência terrena é atual, universal e atemporal. O TEMPO – O que é o herói interior? João Timponi - É o ego consciente ou o centro da consciência. Segundo Jung, é a figura central das histórias de herói, embora o Ego tenha que se deparar, ao longo de seu caminho pela vida, com a ilusão de que é ele que está no controle. Não podemos nos perder do Ego, mas também não podemos nos perder nele. Esse é um dos desafios do nosso herói interior Os mitos de heróis são parte do sonhar acordado dos povos. Assim como em nossos sonhos, estão carregados de conteúdos e símbolos a serem decifrados por nós. Nascemos apenas com o potencial para realizar essa jornada mítica de conquistar a nós mesmos. A grande batalha do herói é travada no interior de si mesmo, a caverna onde se esconde o verdadeiro inimigo. O TEMPO - Quais as dimensões do mito? João Timponi - Em primeiro lugar, reconciliar a consciência às precondições de sua própria existência, ou seja, alinhar a consciência desperta ao “mysterium tremendum” desse universo, como ele é. Essa função da mitologia é despertar na mente um senso de deslumbramento diante dessa situação, através de um dos três modos de participar dela: sair, entrar ou efetuar uma correção. É a função mística, que representa a descoberta do reconhecimento da dimensão do mistério do ser. Outra função é interpretativa e consiste em apresentar uma imagem consistente da ordem do cosmos e a noção de que a sociedade deveria participar dessa dinâmica, pois ela é de fato, a ordem básica da vida. Além disso, os mitos têm a função de validar e apoiar uma ordem moral específica de onde surgiu a própria mitologia. E, finalmente, o mito conduz o indivíduo através das crises a compreender o desenrolar da vida com integridade Essa última função do mito refere-se ao nosso herói interior. “Pretendo fazer com que o participante possa conhecer o seu herói interior, suas forças e fraquezas. Refletir sobre sua jornada. Descobrir para qual direção foi atraído, em que caminho foi arremessado involuntariamente, que trilhas realmente escolheu, qual é o mito da sua vida e como esse conhecimento poderá ajudá-lo”. Informações e inscrições: F: 9994 4623 Especial para O TEMPO Ana Elizabeth Diniz
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