Cultura Africana (Traduzido por Marcelo Castro)
(Camara Laye)
A África nunca foi bem representada na literatura. Certamente existem escritores magrebianos, como Khatib Yacine, Driss Charaïbi ou Tahar Benjelloun, mas quando se fala da Àfrica Negra, os textos se tornam raros e os autores pouco numerosos. "L''Enfent Noir" (O Filho Negro) de Camara Laye é um grande clássico da literatura mundial. Escrito depois de 1945, ele relata com grande rigor a vida de um garotinho na África. É uma autobiografia que, por meio da vida do narrador, nos faz descubrir a Guiné. O livro começa quando o autor ainda nem tem cinco anos. Ele desenrola até que o narrado (o Próprio Camara Laye) é admitido numa escola em Paris, e se rende. Da primeira à última página, tudo não é mais que um grande hino ao continente africano, aos seus trabalhadores e artistas, à mulheres negras americanas, aos ritos e costumes da Guiné, e, de certo modo, a essa África subordinada ao Ocidente. Nas primeiras páginas do libro, o autor nos faz descubrir, através do emprego de seu pai, a vida no campo em seu país. Depois, ele nos ensinará sobre todas as atividades dentro e fora do vilarejo. Ele nos falará do Rio Niger e dos crocodilos que não tocam sua mãe por milagre da magia, da colheita de arroz, de seus pai que coloca amuletos sobre a pele antes de ir ao trabalho. Camara Laye falará também de sua escolairdade. Uma escolaridade que conquistou fora dali, com grandes méritos porque no fim dos seus dezoito anos, ele seguirá seus estudas na França. Esse livro é, então, uma grande luz, uma tela pintada sobre a vida na África e ao lê-lo, se pode ver que o um pouco deste continente esquecido. Além de ser uma simples autobiografia, "L''Enfent Noir" tem esconde uma realidade política. É um livro de felicidade e amor pela África, de compaixão por todos que sofrem. É por isso que o autor não faz nenhum comentário e não dará nunca seu ponto de vista sobre o que ele vê e diz. Entretanto, através das belas descrições, ele nos leverá a cada pequeno detalhe da vida na África, aos hábitos alimentares em Guiné, bem como, como viviam cada um dos habitantes de seus país. Nesse livro, o autor citará tudo isso que pode realmente fazer parte da vida de um homem africano. Ele nos falará de cuz-cuz, do Islamismo introduzido na África ao mesmo tempo do Cristianismo, e ele não parte sem ressaltar que cita a cada linha a decreptude dos jovens, a miséria e a falta de dinheiro, que causa sofrimento de todos os Africanos. "Malhereuse Afrique", esse continente tinha sido citado o sorriso às leves provas que nós podemos ser uma criança africana e não sentir falta de nada. Me note por favor, isso não vai tomar mais que alguns segundos.
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