Resumo de A Odisséia

Falar sobre a Odisséia leva tempo, um tempo que, hoje em dia, muitos de nós não dispomos, nem para ler, nem para discutir o assunto. Mas, o autor, com visão futurista, mesmo apontado como cego e mendicante, elabora a obra, de maneira a prender os leitores de sua época e, também, os de outras épocas, fazendo com que a linguagem seja atual, realista e clara, se tomarmos um ponto além da aventura vivida por Odisseu e seus companheiros. Muito além do conhecido, que Ulisses retorna de Tróia, para seu reino em Ítaca, após um longo período de guerra, e passa por provações onde ele deve demonstrar sua bravura e astúcia, Homero também nos mostra valores como a esperança, a tenacidade e, principalmente, fidelidade.Não somente a fidelidade em relação aos casais, onde Penélope segue firme em seu propósito de continuar sendo esposa de um só homem, nem a de Telêmaco, que segue firme na esperança de voltar a ver seu pai, mas a do próprio Ulisses que passa por lugares maravilhosos, ricos em paisagens, víveres e, até mesmo, mulheres muito bonitas. Lugares onde ele foi convidado a ficar vivendo como monarca, com direitos iguais aos que possuía em sua ilha.E, é isto que nos intriga nesta obra, que pouco fala em guerra e, muito nos apresenta de caráter. Ulisses é, antes de mais nada, um lider que se preocupa com seus comandados, mantendo-os debaixo de sua proteção, libertando-os, conduzindo-os, evitando que se percam do objetivo da viagem, que é retornar para suas famílias.Não seria possível, também a estes homens, todos, abandonarem este objetivo tão distante, abraçando uma nova vida que, a principio, parecia mais animada, com festas intermináveis, fartura de alimentos e vinho, sem preocupações? Homens de guerra que, facilmente seriam dados como mortos - e, isto, eles mesmos sabiam- poderiam recomeçar uma nova vida, por exemplo, na ilha de Circe. Mesmo porque, só descobriram a realidade, quando se negaram a permanecer.Voltar para casa era a única coisa que o bravo rei tinha em mente. Sabia que tería problemas com relação ao trono, à esposa e, mesmo com o filho, o qual deixara ainda criança e, por isso, não sabia se Telêmaco era um jovem de bem ou não.Sua determinação e o fato de manter-se fiel, principalmente a seus ideais é que fazem desta história, uma lição para todos nós, parq que enfrentemos os desafios, sem substituí-los por outros. Mais de vinte anos, e um reino permanece fiel a seu rei. Mesmo os pretendentes não tinham forças para persuadir a rainha da morte do marido, porque estes mesmos pretendentes não tinham certeza de que Ulisses estava morto. Vendo por este ângulo, a idéia de fidelidade segue sem alterações até nossos dias, mesmo que não a consigamos seguir muitas vezes. Os contratempos são os mesmos que enfrentamos hoje, com nomes diferentes. Os deuses atuais são a depressão, o medo, a preguiça, a vaidade, mas, também são a alegria, o ânimo, o caráter e, tantos outros que nos ajudam a triunfar ou, simplesmente, morrer na praia.

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