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Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos V
(BOGDAN; R. C.; BIKLEN; S. K)

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Capítulo V – Análise de dados (Parte II)

Análise após recolha dos dados.

“E agora, o que é que eu faço?”. Essa frase resume muito bem a preocupação inicial desta seção. Segundo os autores pode-se distanciar por um tempo dos dados para criar perspectivas sobre as relações entre os assuntos. Porém, fazer um intervalo grande pode ser perigoso, pois o investigador pode perceber que precisa de mais informações e, por conta do distanciamento prolongado, não é mais obtê-las.
Após essa preocupação inicial os autores trazem alguns tópicos com sugestões do que deve ser feito no momento de analisar os dados obtidos, a saber:

Desenvolvimento de categorias de codificação.
Os autores fazem uma analogia entre o conjunto de dados coletados e um ginásio com milhares de brinquedos espalhados. A tarefa é arrumar esses brinquedos em pilhas de acordo com um esquema que o “arrumador” terá que desenvolver. Essa tarefa ilustra o que o investigador qualitativo faz ao desenvolver um sistema de codificação para organizar os dados, embora as situações sejam mais complexas e os materiais a organizar não sejam tão facilmente separáveis em unidades. O desenvolvimento de um sistema de codificação deve ser feito percorrendo os dados à procura de regularidades e depois escrevendo palavras ou frases que representem essas regularidades. Essas são chamadas de categorias de codificação e servem para classificar os dados coletados.
Segundo os autores existem algumas famílias de codificação:
Códigos de contexto: código utilizado para identificar o conceito mais geral do estudo.
Códigos de definição da situação: Códigos utilizados para organizar conjuntos de dados que descrevam a forma como os sujeitos definem a situação ou tópicos particulares.
Perspectivas tidas pelos sujeitos: Códigos utilizados para organizar as formas de pensamento partilhadas por todos ou por alguns sujeitos, mas não tão gerais como os anteriores.
Pensamentos dos sujeitos sobre pessoas e objetos: Códigos que revelam a percepção que os sujeitos têm uns dos outros, das pessoas estranhas ao serviço e aos objetos que lhe cercam.
Códigos de processo: Códigos que facilitam a categorização das seqüências de acontecimentos, mudanças ao longo do tempo ou passagens de um tipo para outro.
Códigos de atividade: Códigos dirigidos a tipos de comportamento que ocorrem regularmente.
Códigos de acontecimento: Códigos dirigidos a unidades de dados relacionados a atividades específicas que ocorrem na vida dos sujeitos.
Códigos de estratégia: Códigos dirigidos às táticas, métodos, caminhos, etc. que os sujeitos usam para realizarem várias coisas.
Códigos de relação e de estrutura social: Códigos dirigidos às relações não oficiais, como amizades, romances, inimigos, etc.
Códigos de métodos: Códigos que identificam procedimentos de investigação, problemas, alegrias, dilemas e coisas semelhantes.
Para mim, essa gama de códigos pode ser reorganizada pelo próprio investigador à medida que estuda seus dados. Para um iniciante, trabalhar com muitos códigos pode ser prejudicial, pois pode fazer com que este se perca mais uma vez tentando estabelecê-los.

Influências na codificação e na análise.
As diferentes perspectivas teóricas dos investigadores modelam a forma como abordam, consideram e analisam os dados. A consideração dessa característica é própria da análise qualitativa.

As formas de trabalhar os dados.
Os autores descrevem duas maneiras de classificar os materiais. Para os dois métodos existem passos importantes. Primeiro deve-se rever todas as páginas e numerá-las seqüencialmente. Depois se deve certificar que a numeração está correta e procura-se estabelecer os códigos. Ao estabelecê-los procurar palavras ou expressões que não sejam familiares e dê abreviaturas aos códigos, relendo tudo para ir atribuindo essas abreviaturas. Os autores sugerem que se desenvolva um sistema de codificação com um número de códigos entre trinta e cinqüenta. Após a codificação fazer uma lista e atribuir a cada uma abreviatura ou número. Voltar a percorrer os dados, marcando cada unidade com a categoria de codificação apropriada. Fazer fotocópias e guardar os originais. Após esse ponto as duas abordagens tornam-se diferentes.
A abordagem de cortar-e-colar-em-pastas-separadoras: Consiste em cortar, com tesoura, as notas e agrupá-las em pastas marcadas.
O sistema de cartões de ficheiro: Consiste em separar as notas e identifica-las através de cartões contendo as informações básicas.

A utilização do computador para a análise.
Trata-se da utilização pura e simples dos editores de texto que conhecemos. Os autores comentam das vantagens dessa utilização, principalmente em termos de ganho de tempo, já que os editores possuem ferramentas de buscas de palavras e formas de agrupamento em ordem alfabética, etc.
Trata-se também da utilização de softwares adequados à análise qualitativa. Em ambos os casos a análise dos dados segue a mesma linha do tratamento mecânico.



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