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Meus Queridos e Inclitos Deputados
(Jonesoh; Adeel Kaweski)

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Meus queridos e ínclitos Deputados. Sabedor que sou da luta inglória de muitos dos senhores na defesa do trabalhador brasileiro, vejo nessa grande parcela de lutadores o meu último recurso para conseguir que os dias que restam para mim e para minha esposa sejam respeitados. Nasci no dia 14 de agosto de 1937 numa pequena colônia de imigrantes no interior do Paraná chamada Lagoa Bonita nos arredores da cidade de Laranjeiras do Sul-Pr, veja o senhor que já estou bem andado. Trabalhei duro desde os meus 10 anos de idade, como qualquer brasileiro, talvez até como o senhor, Na cidade de Ponta Grossa-Pr. Vendi jornais (Diário dos Campos), engraxei sapatos na rua XV de Novembro, ensaquei e vendi serragem e maravalha (sepilho) restos do manuseio de madeiras, naquele tempo proliferavam as serrarias em todas as cidades do Paraná, a serragem e a maravalha eram usados nos fogões domiciliares, eram mais baratos e forneciam mais calor que a própria lenha. Fui tocador de porcos ajudando meu pai a tanger porcadas nas estradas e matas, Fui ajudante de balseiro com meu avô, mais atrapalhava do que trabalhava era muito pequeno, Depois com mais idade trabalhei em oficinas mecânicas como ajudante aonde aprendi o ofício de mecânico de automóveis. Em 1956 entrei para o exército brasileiro 13RI em P.Grossa-Pr. onde permaneci até 1958 quando dei baixa. Voltei a trabalhar de mecânico de automóveis. Minha maior alegria foi quando entrei no Posto do Ministério do Trabalho em Ponta Grossa em 1959 para fazer minha primeira Carteira de Trabalho. Quanta emoção senhores Deputados. Quanta emoção naquele dia e quanta emoção hoje que deposito nos senhores minhas esperanças. Quando me aposentei em 1995 com exatos 35 anos de serviços sem faltar uma contribuição sequer, um ano depois começaram as atribulações. O dinheiro da aposentadoria não dava para sustentar a família. É claro que comecei a buscar algum ganho para levar a vida, mas, nunca voltei a ganhar o que ganhava antes da aposentadoria, o que era um sonho virou um pesadelo como o de tantos brasileiros. Senhores Deputados depois desta enfadonha explanação, o mérito da questão é o seguinte: Em 2004 descobriu-se que o INSS deixou de pagar o IRSM as correções do salário mínimo no que concerne aos anos de 1994 a 1997 aos aposentados e pensionistas, gerando uma questão de fato. Pessoas versadas no assunto pegaram a questão e desenvolveram vários cálculos que apresentados ao governo foram aceitos como resultado o governo teria que pagar a correção em cima dos últimos 60 meses e mais uma atualização de 39,67% na atualização dos benefícios. A questão foi a juízo e o Governo perdeu em todas as instâncias, o STF mandou pagar o devido que na época estava em 12,3 Bi. Na época 2004, o presidente do INSS o senhor Amir Lando disse que o Instituto pagaria tudo sem deságio. O Presidente Lula disse peremptoriamente que a dívida com os aposentados seria honrada.Senhores Deputados, se um cidadão deixa de honrar uma dívida que tenha sido julgada em última instância só lhe resta pagar, ou vai para a prisão tendo seus bens apregoados em leilão. E o Governo, será que ele é diferente, pode fazer o que quiser? Pode pisotear o cidadão que o mantém vivo? Burlar a Lei que ele mesmo aplica? E agora Senhores Deputados! O meu desejo é que pudesse usufruir desse reajuste que serviria para amenizar muitos gastos acumulados pela perda do valor do benefício que de ano a ano despenca. Eu e minha esposa já estamos alquebrados, necessitamos de remédios, consultas médicas freqüentes. Para que isso aconteça pagamos plano de saúde que os senhores sabem que custa caro. Nos últimos tempos quando apareceu o CRÉDITO CONSIGNADO, apelei para essa benção que acreditava eu e minha mulher havia caído do céu, com juro 3 vezes menor que o do cheque especial. Me encalacrei. Senhores Deputados. O choro acabou, agora vamos para uma coisa de fundamento lógico e plenamente aceitável para aquele que tenha o menor poder de ráscio. Senhores, a dívida do Governo com os pensionistas e aposentados é verdadeira não é péça de ficção, não está sendo contestada só não está sendo paga. Minha sugestão: Porque o INSS que deu o direito aos bancos de realizarem os empréstimos consignados NÃO NEGOCIA COM OS BANCOS OS EMPRESTIMOS DAS PESSOAS COM MAIS DE 70 ANOS, PODENDO QUITÁ-LOS INTEGRALMENTE COM OS DESCONTOS DEVIDOS OU PAGÁ-LOS NA FORMA EM QUE FORAM CONTRATADOS OU NA MELHOR CONVENIÊNCIA DO INSS, descontando do montante que o INSS deve por conta do IRSM. Agindo assim o governo pagaria uma grande parcela do que ele deve ao povo brasileiro, aquele que acreditou que seus direitos seriam preservados dentre os quais eu me incluo. Obrigado Senhores por me agüentarem durante tanto tempo. Eu acho que essa carta bem que poderia ser lida no Plenário, afinal de contas ela cita o sofrimento do povo brasileiro através de um personagem identificado com o problema. Fiquem com Deus. Adeel Gusmão Kaweski. [email protected]



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