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MAPAS DESSA PAIXÃO
(CRYS BRUNO)

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... TRÊS ANOS DEPOIS... (..) Rafael permanecia sentado à beira de sua cama, com olhar distante em suas perdas, e logo apertou os olhos azuis lacrimejantes quando ouvia a batida na porta. Era Carla. - Posso? – pediu ela. - Claro, entre – convidou ele, logo se levantando para cumprimentá-la com um leve beijo no rosto e explicando: - Desculpe eu não ter descido para lhe ver, mas é que apesar de estar sentado feito uma ameba, na verdade, estou mesmo com horário. - Entendo. Eu só vim para lhe agradecer por ter ficado com John fora dos dia programados. – disse ela, com voz embargada, tentando esconder a emoção de sempre ao ver seu grande amor perdido. - Não precisa agradecer, afinal, não tive que cuidar do seu bicho de estimação e sim, do nosso filho. Ela riu. O bicho de estimação de Carla era um ramester. Um silêncio o tomara, repentinamente, enquanto, inquieto, Rafael buscava o closet procurando uma blusa. - Gostando da Faculdade? – perguntou ela. - A festa foi boa? – retornou ele. Trocaram indagações, quando, ao mesmo tempo, desejaram quebrar aquele silêncio aflito. - Quem responde primeiro? – brincou Rafael. - Papai e mamãe estavam muito felizes. Não é qualquer casal que consegue viver 40 anos juntos. – contava Carla. - Não é mesmo! – exclamou ele, ainda num tom ameno, antes de completar: - Gosto da Faculdade, sim. Ocupa minha mente. No jornal, já faço tudo no automático e por isso meus pensamentos ganham chance. Não lhes quero dar muita trela, por isso, ainda busquei voltar a estudar – explicou ele, sorrindo com a mesma suavidade de sempre. Reservada e formal, Carla tinha um turbilhão de sentimentos em seu coração naquele momento, porque aquele homem sempre a fez sentir-se assim. Todos diziam ser ele o único a quebrar aquele gelo de mulher. Ele entendia que por conta da disciplina e determinação que o Ballet lhe exigia – Carla fora primeira bailarina do Teatro Municipal de Londres, antes de mudar-se para Itália – fazia com que sua ex-mulher transparecesse ser uma pessoa fechada e anti social. Não era. Amável e generosa ao extremo, voltou ao Brasil para trabalhar e difundir a Dança no país, especialmente, entre os jovens das classes mais desfavorecidas. Era, hoje, Presidente da Confederação Brasileira de Dança, ministrava aulas, tanto em sua Cooperativa quanto na Universidade de São Paulo, onde se formou e especializou em Educação Física. Na altivez de seus 1,58m, pele bem branca, rosto de nariz pontiagudo, sorriso largo extravagante, e um olhar de brilho raro em seu castanho raso, despedia-se de Rafael com a mesma postura de educação apurada. Tanta altivez, aparentava soberba, mas de longe, era. - Bem, eu estou indo então. Boa aula. – limitou-se a dizer. Rafael se aproximou, levando em uma de suas mãos a blusa já escolhida, beijou Carla na tez e acompanhou a mãe de seu filho até a porta. Por poucos segundos perdeu seu olhar sobre ela, que caminhava pelo corredor. Retornou, buscando apressar-se para o banho, tomado de tênue e rascante melancolia, sem saber que naquela noite conheceria a mulher que mudaria sua vida visceralmente. Naquela noite de 24 de fevereiro de 2005, Rafael iria conhecer Daniela: a mulher que despertaria nele a maior das paixões já sentidas.



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