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Processo de volta; arcaísmo ou estratégia (II).
(Vitoria Ramos)

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Processo de volta; arcaísmo ou estratégia (II). Maria Vitória Ramos Já foi assunto destas páginas, mas como um luminoso de “néon”, fica na minha cabeça num ir e vir, a frase que em tempos de faculdade causava discussões inflamadas. “Não seria então, tempo de voltar?!” Voltar em quê? Para quê? Como voltar, se todos estão indo? E a Sociedade que se acostumou a viver em bandos? (não seria melhor em grupos?) A ir aonde todo mundo vai? (não seria melhor conhecer algo novo?) Como se conformar com a antiga TV, quando as telas planas, 29 polegadas de plasma vão enfeitiçando a todos e todas? (Porque não voltamos a ver o efeito de uma lanterna nas folhas das arvores? Os desenhos que a sombra de uma vela faz na parede?) É muito mais cômodo ver todos os filmes em casa mesmo, onde se aboletam um em cada cômodo, na mesma casa, mas não se falam. (E o encanto do bilhete de cinema? E o convite para ir ao cinema?) Os DVDs, decantados e sonhados suprimiram o pobre do vídeo cassete... Coitado!Tão ultrapassado... (O que fazer agora com aquela quantidade de fitas, que ocupam caixas e mais caixas? E o rádio de pilha, onde foi parar?) Os disquetes que já são quase obsoletos? As músicas? Para quê comprar Cds se podemos gravá-los como quisermos em MP3 através da Internet? (E os antigos sons “três em um”, o que fazer com eles?) Os celulares então? Verdadeiros vilões. Explodem. Problemas auditivos. Cada dia um novo modelo. Mensagens inconvenientes. Ligações inconvenientes. É preciso que os tenha. Mesmo que não precise deles, que não funcionem em determinados locais, e ainda sejam só “para receber?...” (Quantos pontos de captação o seu consegue alcançar? É preciso subir no telhado? Na arvore?) Os papos dos adolescentes nas calçadas, nos ônibus escolares variam entre poder de conquista, de consumo, e qual será o próximo modelo a ser adquirido.São trocados em seus relacionamentos, se não possuem um. E ainda nem conseguiram o primeiro emprego... E a paranóia dos que temem não alcançar a modernidade, se transforma em depressão, doença do século, gatilho das outras doenças, que nada mais é, do que uma grande tristeza que se instala... Poder voltar, é ter liberdade de escolha. Mesmo sabendo que tudo isso existe, poder ser livre. Desprender-se do relógio. Não mais precisar dele. No entanto nunca perder os compromissos. Acabar com a mania de chegar cedo nos lugares. Chegar na hora certa. Sem relógio. É o mesmo que reconhecer a morte, saber de sua iminência, mas viver feliz cada dia. Saber do amor necessário para vida, ter coragem de se desfazer de velhos conceitos para entendê-lo melhor, e permanecer seguros (as) de que a construção diária é um desafio. E às vezes, nem termine... Mario Quintana diria: essa é a vivência do “amor realista”. Concordo com ele. Embora pague o preço. Para a sociedade contemporânea, é preferível viver de aparências, de mentiras, de virtualidades, de namorados (as) que nunca aparecem. De amigos que nunca se abraçam. O Orkut pode até propiciar, mas ainda não conseguiu emoção semelhante, nas suas “comunidades”. A Internet não consegue transmitir a sensação de enxugar uma lágrima, embora as provoque. As leituras “on line” são eficientes e necessárias, mas não superam o encanto de ler página por página de um “best seller”, ou de um “gibi”. Já foi o tempo em que os grandes centros eram sinônimos de oportunidades. Prova disso, é o crescimento do emprego formal no interior do país. Segundo matéria do Fantástico de 06/08/2006, Minas Gerais figura em segundo lugar. Partindo dessa premissa, há uma convergência de que o processo de volta, é uma necessidade, haja vista ser em expiral (ou cíclico?). Voltar, não é retrocesso; é uma forma inteligente de conviver. Sem necessariamente ter que abominar o moderno que nos aguça os sentidos. Sem ter que expurgar o caminho feito. Sem ter que deixar de ir à casa de amigos para um abraço e uma conversa. Sem eximir a importância das informações via net. Dando a cada um sua importância...



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