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[Parte 3/3] Estudo completo do livro "O crime de padre Amaro" de Eça de Queirós
(Rafael Mira)

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Continuação do estudo do livro "O Crime de Padre Amaro" de Eça de Queirós:

A mensagem
que livro passa é de crítica à sociedade portuguesa que perdera os valores
éticos, criticando principalmente a Igreja, que pregava uma ética e uma conduta
moral de que a pessoa tinha quer ser católica, ir sempre às missas, sempre se
confessar, mas em compensação, membros do clero não cumpriam com a castidade,
se deixavam levar pelas tentações da carne. Outra mensagem que também é passada
é em relação ao Naturalismo, que mostra o ser humano como um animal, que muitas
vezes se deixa levar pelos seus instintos.

- Ah! fez o
doutor, é uma bela e grande coisa a paixão! O amor é uma das grandes
forças da civilização. Bem dirigida levanta um mundo e bastava para nos
fazer a revolução moral... - E mudando de tom: - Mas escuta. Olha que isso
às vezes não é paixão, não está no coração... O coração é ordinariamente
um termo de que nos servimos, por decência, para designar outro órgão. É
precisamente esse órgão o único que está interessado, a maior parte das vezes,
em questões de sentimento. E nesses casos o desgosto não dura. Adeus,
estimo que seja isso!(p. 185)

Esta
obra é pertencente ao período literário do Realismo/Naturalismo que surgiu no
início do século XIX e que ao contrário do Romantismo, não faz idealizações,
mostra a realidade social da época baseando-se no Positivismo e Determinismo. O
Positivismo é uma ideologia que defende que a sociedade é conduzida pelas leis
científicas e o Determinismo diz que o ser humano é influenciado fortemente
pelo ambiente e sociedade em que vivem. No romance O crime do padre Amaro pode ver o Positivismo claramente nas idéias
do Dr. Gouveia que consegue enxergar que o homem também é um animal e muitas
vezes é levado por seus instintos, o que vemos nas atitudes e pensamentos de
Amaro e Amélia, que também mostram bastante do Determinismo neles, mostrando
por meio das analepses, a sociedade e o meio em que foram criados, como forma
de justificar as características psicológicas.

Eça
de Queirós ao criar o padre Amaro teve como principal influência as idéias do
filósofo Arthur Schopenhaeur. Schopenhaeur dizia que a humanidade é cegamente
governada pelo desejo e pelo erro, além de estar sempre insatisfeita e ser
infeliz, e a infelicidade é o que leva um homem a explorar o outro. Essa
exploração proporciona prazeres temporários a fim de disfarçar, de si mesmo e
da sociedade em que vive a dor que sente, portanto somente se chegará a
felicidade quando não houver mais desejos, ambições e ganância.

Enfim, é uma obra que mostra os
valores da sociedade Portuguesa, que estava sendo perdido, mas também mostra,
que embora eles tenham sido perdidos, ainda existem exceções que davam
esperança ao povo português. O livro foi uma crítica severa ao clero, e também
a sociedade, que gerou muita repercussão na época, e também representou o
Realismo/Naturalismo, principalmente os desejos carnais do Naturalismo,
comparando o homem a um animal diversas vezes.

Fim



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