O Método Braile
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)
O Método Braile
Quem já tentou ler no escuro sabe que é impossível. Mas foi exatamente a isso que um francês chamado Louis Braile dedicou a vida. Nascido em Coupray, uma pequena aldeia nos arredores de Paris, em 1809. Ficou cego por um acidente aos 5 anos, a tragédia, porém, não o impediu de freqüentar a escola a escola por 2 anos e se tornar aluno brilhante.. Por isso ganhou uma bolsa de estudos no Instituto nacional para jovens cegos, em Paris, que introduzira um sistema especial de alfabetização, no qual, letras de forma de papelão eram reconhecidas pelos contornos. Desde o início do curso, Braile destacou-se como o melhor aluno e logo começou a ajudar os colegas. Em 1821, aos 12 anos conheceu um método inventado pouco antes por Charles Barbier oficial do exército francês. Em 1824, seu método estava pronto. É lido passando-se a ponta dos dedos sobre os sinais em relevo.
Normalmente usa-se a mão direita, com um ou mais dedos, conforme a habilidade do leitor; enquanto a mão esquerda procura o início da outra linha.
Foi apresentado ao mundo na exposição internacional de Paris, por ordem do imperador Napoleão III (1808-1873), que programou ainda uma série de concertos de pianos com ex-alunos. O sucesso foi imediato e o sistema se espalhou pelo mundo. Em 1952, o governo francês transferiu os restos mortais de Braile para Pantheon, em Paris, onde estão sepultados os heróis nacionais. No Brasil o método começou a ser adotado em 1956, e as 2 únicas instituições que imprimem em Braile são a Fundação Para o Livro do Cego, de São Paulo, e o Instituto Benjamim Constant no Rio de Janeiro. Juntas editam 25 livros por mês, num total de 4 mil volumes, aquém das necessidades, por lei são obrigadas a distribuir gratuitamente aos 750 mil cegos que se estimam existir no país.
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