Festas com discoteca no Irão
(Site ; composto por mim)
“Aqui dentro só tem os guardas encarregados de cuidar dos parques, não tem basiji”, explica. “Do lado de fora, os muçulmanos saem com suas roupas muito mais justas do que aquelas que nós usamos”. Em seguida, acrescenta: “A vida é muito maçadora por aqui: não há nada para fazer, não há onde ir. Eu não gosto de cinema: só passam filmes sobre a vida de verdade, mas para isso já basta a minha”. Próximo dali, grupos de jovens estão sentados em torno de mesas, as moças de frente para os rapazes. Nos bancos do parque, rapazes e raparigas dão as mãos tranquilamente.
Mas aquilo que realmente agita Teerão são as festas com música de discoteca, organizadas nas casas das próprias pessoas, às vezes com bebidas alcoólicas, em residências não tradicionais. Noushin considera-as “únicas”: “Trata-se de grupos sociais muito fortes, pessoas que têm uma certa intimidade entre si”. E contam com segurança própria, ficando protegidos de qualquer ingerência externa.
Maryam, de 14 anos, ainda no colégio, adora cafés, pizzarias, bares em que se comem hambúrgueres e, evidentemente, festas. Ela e suas amigas inventaram um vocabulário próprio2 : “legal” se diz “mais”, “conectado” é “Titanic”, “aula”, “ba-klass”, “policiais” são “cactos”, “agentes secretos”, “pombos” e assim por diante. Acima de tudo, ela gosta do Arian, principal grupo pop iraniano e que tem grande sucesso comercial (vendeu mais de meio milhão de seus dois álbuns, em CD e vídeo). Sua originalidade: três cantoras em hijabs3 de cor creme que, dessa forma, desafiam a segregação e abrem um novo espaço para as jovens iranianas sonharem.
Resumos Relacionados
- Destak
- A Instrução Dos Amantes
- A ExclusÃo Cultural Dos Jovens No Brasil
- A Vida Em Festa; Crescimento Emocional
- “a Economia Das Trocas Simbólicas.”
|
|