Marco Licínio Crasso 
(ANONIMO)
  
Crasso era o terceiro filho de Públio Licínio Crasso Dives, que foi cônsul em 97 a.C. e censor em 89 a.C. Um de seus irmãos morreu durante a Guerra Social; seu pai e o outro irmão foram mortos (ou cometeram suicídio) durante os espurgos promovidos por Mário, em dezembro de 87 a.C.
 Seu avô era Marco Licínio Crasso Agelasto (do qual pouco se sabe), que descendia de Públio Licínio Crasso Dives, Pontifex maximus de 212 a.C. até sua morte em 183 a.C. , cônsul em 205 a.C. , e aliado político de Cipião Africano.
 Em seu tempo, Crasso foi uma das maiores fortuna de Roma, tendo
 conquistado sua riqueza à custa de fogo e sangue, fazendo das
 calamidades públicas sua maior fonte de renda. Possuia inúmeros
 negócios e propriedades, mas uma de suas formas mais peculiares de
 ganhar dinheiro era a sua brigada anti-incêndio. Os incêndios eram
 relativamente comuns em Roma.
 Quando uma casa pegava fogo, a brigada de Crasso extinguia o fogo,
 reinvindicando, porém, um pagamento. O imóvel passava a pertencer a
 Crasso e o antigo habitante passava ter de pagar aluguel.[carece de fontes?]
 Tendo tomado a cidade de Roma, Sila vendeu publicamente, em leilões, os
 bens dos que ele submeteu a morte, considerando-os e charnando-os seu
 lucro; e, para que alguns dos maiores e mais poderosos da cidade
 pactuassem da mesma culpa, Crasso nunca deixou de participar de tais
 leilões, para receber de presente os referidos bens ou para comprá-los.
 Além disso, notando que os estragos mais comuns dos edifícios de
 Roma eram produ zidos pelo fogo e desmoronamentos, devido ao raio e à
 quantidade de andares que possuíam, ele comprou uns quinhentos cativos,
 entre pedreiros, carpinteiros e construtores. Assim, quando o fogo da
 desgraça lavrava em alguma casa, ele ia logo comprá-la, bem como as que
 lhe eram vizinhas, cujos donos, vendo o perigo que corriam, vendiam-nas
 por uma insignificância. Eis porque, com o correr do tempo, grande
 parte das casas da cidade de Roma passaram a pertencer-lhe. Embora ele
 tivesse tantos cativos dedicados ao ramo de construções, a única casa
 que edificou foi aquela em que residia, sob o fundamento de que os que
 gostavam de construir destruíam-se por si mesmos, sem que ninguém os
 atacasse. As diversas minas de prata que possuía, as grandes e
 excelentes terras para a lavoura, cuidadosamente trabalhadas por
 avultado número de pessoas, nada significavam quanto ao valor e
 dedicação de seus numerosos escravos e cativos, entre os quais havia
 lentes, escritores, ourives, moedeiros, cobradores, mordomos,
 estribeiros e copeiros, que instruía pessoalmente sobre os afazeres
 domésticos, com clareza e concisão, a fim de ter neles elementos úteis,
 fieis e dedicados.   Se agia como dizia, isto é, que o manejo e
 administração da casa deviam estar a cargo dos serviçais, e estes
 diretamente subordi¬nados à sua pessoa, não pensava mal, pois tudo o
 que foge daí, para apegar-se simplesmente ao ganho, é baixo e vil.
 Quanto à direção dos negócios públicos, porém, a sua opinião era má,
 pois só considerava e denominava rico ao homem que pudesse ter e
 sustentar um exército à sua custa. A guerra, segundo o rei Arquidamo,
 não se faz com quantia determinada, razão por que, para sustentá-la, há
 necessidade de dinheiro em quantidade ilimitada. Ele se achava, a tal
 respeito, muito afastado da opinião de Mário, que, tendo distribuído
 catorze jeiras de terra a cada indivíduo, notou que alguns descontentes
 queriam mais, e disse-lhes: "Admira que haja romano que considere
 pequena a porção de terra que lhe dará o bastante para viver".O Triunvirato
 Por fim, achando-se César ao termo do seu governo, preparou-se para
 pedir o consulado; e, percebendo que Pompeu e Crasso se haviam
 lovamente inimizado, não quis, pedindo a um que auxiliasse em sua
 pretensão, incorrer na inimizade ie outro, e também não esperava
 alcançar o seu desejo sem o auxílio de um deles. Por isso, ele procurou
 estabelecer um acordo entre os dois, demonstrando-lhes que a sua
 inimizade só conseguia aumentar o prestígio e a autoridade de um
 Cícero, de um Catulo e de um Catão, que nada valeriam se eles se
 unissem, pois, com os elementos que pos¬suíam, podiam, unidos, manejar
 à vontade tudo quanto se relacionasse com os negócios públicos.
 Tendo-os convencido e reconciliado, César fez dos três partidos uma
 força invencível, que arruinou o Senado e o povo romano. Esta fusão de
 partidos deu grande força e poder a Pompeu e Crasso, e foi de enorme
 valia a César; porque, nem bem eles começaram a protegê-lo, ele foi
 eleito cônsul sem a menor dificuldade. Tendo-se portado bem no
 con¬sulado, findo o mesmo entregaram-lhe o comando de grandes exércitos
 e submeteram a Gália ao seu domínio, na esperança de poder repartir
 entre ambos o produto do saque a que desejavam sujeitar a cidade. 
 
  
 
Resumos Relacionados
 
  
- O Império Romano
  
  
- O Imperador – Campo De Espadas
  
  
- Historia De Roma
  
  
- Pompeu
  
  
- A Ditadura De Julio Cesar
  
 
 
 | 
     |