A prosa clássica francesa
(C. Coelho)
Em 1661, Luís XIV sobe ao trono de França. O jovem monarca, com a ideia de elevar em magnificência a corte de Versalhes, fomentará o aparecimento de artistas e escritores. Neste espaço histórico irão surgir autores tão importantes e diferentes como é o caso dos moralistas François de La Rochefoucauld (1613-1680), a marquesa de Sévigné (1626-1696) e Jean de La Bruyere (1645- -1696), e dos narradores como a condessa de Lafayette (1634-1693), Jean de La Fontaine (1621-1695) e Charles Perrault (1628-1703.). A literatura restringe-se aos princípios clássicos de imitação da natureza, verosimilhança, ordem e clareza. Muitos destes autores, submersos numa vida aristocrática e ligados à vida cultural dos salões ou da Academia, irão retratar a sociedade do seu tempo através de géneros como memórias, cartas, aforismos e fábulas. Na ausência de formas propriamente históricas, as suas obras recriam o esplendor, as intrigas, os defeitos e os exageros no reinado do Rei Sol.
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