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Os Monges Inexplicáveis: O princípio Dose-Resposta.
(Daniel Goleman)

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O Sociologista Anselm Strauss foi um proponente do
método para gerar “teorias bem fundadas”, ou seja, uma série progressiva de
hipóteses que eram testadas, então refinadas de acordo com o que os dados
mostravam, e testadas novamente, e então refinadas, numa cascata perpétua de
ciclos teoria-dados, cada dos quais apresentando novas conclusões e elevando
novas questões. Neste modelo, a essência do método científico leva a mudança de
sua mente pelas razões corretas, e pelas perguntas corretas. E agora isto está
acontecendo comigo; Eu mudei minha mente novamente. Aqui está o que eu pensava
originalmente: Uma das suposições mais básicas sobre o relacionamento entre
esforços mentais e funções cerebrais começou a se alterar. Aqui está o porquê.

Minha pesquisa mais recente como psicólogo avaliava
os modos como o treinamento mental pode modelar os sistemas biológicos. Minha
dissertação de doutorado foi um estudo psicofisiológico da meditação como uma
intervenção na reatividade causada pelo estresse; Eu descobri (como muitos outros
até então) que as práticas de meditação parecem acelerar a taxa de recuperação
fisiológica em uma pessoa estressada.

Minha suposição guia incluía
a premissa padrão que a relação mente-corpo opera de acordo com ordenados e
compreensíveis princípios. Um tal que pode ser denominado: a regra
“dose-resposta”, ou seja, quanto mais tempo investido em um determinado método
de treinamento, maiores serão os resultados no sistema biológico que possui correlação
com tal atividade. Esta é uma correlação básica de neuroplasticidade, o
mecanismo através do qual experiências repetidas modelam o “modo-operante” do
cérebro.

Por exemplo, um trecho da
pesquisa tem agora estabelecido que meditadores mais experientes se recuperam com
mais rapidez de desgastes fisiológicos provocados pelo estresse do que os
iniciantes. Nada de surpreendente nisso. A regra “dose-resposta”
pode prever tal fato. Assim estudos do escaneamento gráfico cerebral mostram
que as áreas espaciais de motoristas de táxi da cidade de Londres se tornam ampliadas
durante os 6 primeiro meses em que eles dirigem pelos bairros da cidade; do
mesmo modo, a área de coordenação de movimentos no córtex motor se torna mais robusta
em violinistas na medida em que eles continuam a praticar ao longo dos meses.

Esta relação tem sido
confirmada em muitas variedades de treinamento mental. Um artigo de 2004 na
revista Proceedings da Academia Nacional de Ciência descobriu que, comparados
com iniciantes, oradores altamente adaptados geram muito mais atividade de ondas
gama de elevada amplitude – a qual reflete atenção focada altamente refinada –
nas áreas do córtex pré-frontal enquanto meditam.

Os oradores incluídos
neste estudo – todos Lamas Tibetanos – têm passado por níveis cumulativos de
treinamento mental semelhante à quantidade de práticas esportivas ao longo da
vida exercidas por atletas olímpicos: de 10.000 a 50.000 horas. Novatos
tenderam a elevar a atividade gama entre 10% e 15% em zonas-chaves do cérebro,
enquanto a maioria dos meditadores experientes elevaram em 100% a partir da
linha base. O que prendeu minha atenção nestes dados não foi esta diferença
entre iniciantes e experientes (fato que talvez possa ser explicado de diversas
maneiras, incluindo prejulgamento auto-selecionado), mas sim as discrepâncias
nos dados entre o grupo dos atletas olímpicos.

Embora a média dos oradores
veteranos tenha atingido 100%, dois desses monges estiveram acima da média:
elevaram sua atividade cerebral entre 700% e 800%. Isto talvez pareça ir bem
além de uma relação “dose-resposta” regular – estes saltos na atividade gama
são os mais elevados já reportados pela literatura científica exceto por
condições patológicas como epilepsia. No entanto estes Lamas tibetanos foram
voluntariamente induzidos a está atividade cerebral extraordinariamente elevada
por apenas alguns minutos – e por meditação sobre “pura compaixão” não menos.

Eu não tenho explanação
para estes dados, mas muitas questões. Nos alcances mais elevados de
experiência contemplativa, os princípios se aplicam (como o Dalai Lama tem
sugerido nos diálogos com neurocientistas) de maneiras que nós ainda não
entendemos. O que isto pode ser? Falando sinceramente,
não faço idéia. Mas estes dados têm aberto minha mente um pouco enquanto pergunto o
que seria uma suposição sólida para mim mesmo.

… ou talvez eu pense. Tudo o que está escrito acima foi o que escrevi no annual
Egge Question 2008: O que leva você a mudar sua mente? Por
que?

Alguma semana mais tarde
aconteceu de eu está conversando sobre estas respostas com Richard Davidson, um
neurocientista na Universidade de Wisconsin, e um dos autores do estudo com os
monges tibetanos, entre eles os 2 memoráveis que exibiram o mais alto número de
horas de reclusão – em volta de 44.000 a 55.000 horas – e também mostrando o
maior efeito em todo este treinamento mental. Isto é exatamente o que o modelo
dose-resposta prediz.

Então agora eu mudei minha
mente uma segunda vez. Não mais vejo esses dados como inexplicáveis em termo de
neuroplasticidade. Agora eu os vejo como o primeiro detalhamento científico da mais
alta transformação neural. Então minha mudança mental tem haver com o que
talvez seja possível neste elevado alcance de consciência humana.

Eu estou ficando com um
novo conjunto de questões. No mais elevado alcance de treinamento mental. Eu
desejo saber qual a gama de possibilidades para auto-regulação das funções
biológicas? Qual pode ser a experiência atual destas amplificações intensas de
atividade neural? E uma vez que esta atividade cerebral memorável ocorreu
durante a cultivação de compaixão, quais podem ser os benefícios humanos para
tal treinamento?



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