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Jornal O Tempo
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Por uma Educação melhor Promover a inclusão de grupos historicamente excluídos, valorizar a escola pública onde concentra a maior parte dos alunos de classe média e baixa, garantir um quadro de estudantes com o mais variado histórico e perfil social, étnico e cultural, reduzir as desigualdades sociais, além de reafirmar uma política de ações construtivas são ações que contam com o nosso total apoio. É, nesse contexto, que acontece, atualmente, em nível federal, um amplo debate sobre a implantação de um novo sistema de cotas, em que 50% das vagas oferecidas pelas universidades federais seriam destinadas para alunos que tenham cursado todo o ensino médio na rede pública. Contudo, é bom lembrar que a política de cotas deve exigir um desempenho mínimo. Apenas os que ultrapassarem um certo limiar pré-estabelecido estarão aptos para se qualificar. É preciso levar em consideração os objetivos maiores do ensino superior, que só podem ser implementados com alunos adequadamente preparados. A missão precípua da universidade é formar profissionais nas várias áreas do conhecimento, com alta qualificação técnica e contribuir para o avanço da ciência. Essas metas só podem ser atingidas se a instituição receber alunos motivados e academicamente preparados para completar com sucesso as disciplinas oferecidas e para participar dos projetos de pesquisas desenvolvidos. Uma política de cotas é implementada em uma universidade real, com metas, história e papel social já definidos. Ao considerar a grande defasagem em termos de desempenho dos alunos da escola pública em relação aos das instituições privadas, não há como se instituir um sistema de cotas com altos percentuais alocados a alunos da escola pública, sem com isto impactar os programas de ensino e pesquisa da universidade. É certo que se o estudante da escola pública não consegue competir no vestibular com o aluno da particular, ele, provavelmente, não conseguirá também acompanhar o curso universitário. Assim, as universidades seriam obrigadas a oferecer aulas paralelas de reforço, turmas distintas dentro de um mesmo curso, ou então, ignorariam o problema, deixando que esses alunos fossem eliminados em alguns semestres. Nesse caso, a reserva de vagas apenas garantiria um aumento do insucesso e da evasão escolar. Sem o estabelecimento de metas claras para se atingir um patamar mínimo de desempenho, os alunos das escolas públicas verão o vestibular apenas como um direito não como uma conquista. Além disso, aquelas instituições poderiam se acomodar na tarefa de melhorar o desempenho dos seus alunos e o resultado para a universidade seria desastroso. O problema de acesso ao ensino superior gratuito só será realmente resolvido através de políticas públicas com ações voltadas para uma melhoria do ensino básico, pois à universidade caberia formar os melhores e não privilegiar as minorias.



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