Jornal O Tempo
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Socorro: estamos sufocados! No cenário econômico brasileiro atual, uma excessiva carga tributária incide sobre as empresas e cada vez mais o setor público, sem uma política fundamentada em uma reforma fiscal bem estruturada, cria tributos de acordo com sua necessidade conjuntural, onerando a sociedade e, em particular, o setor produtivo. Está passando da hora do poder público adotar medidas concretas e eficientes capazes de reduzir drasticamente esta carga tributária pesada, uma das mais altas do mundo, cobrada muitas vezes em cascata, composta por 63 impostos e contribuições, que castiga o setor produtivo no país. O atual sistema tributário é burocrático, injusto e ineficaz, sendo o principal incentivador da ilegalidade. Só para se ter uma idéia, as empresas brasileiras gastam cerca de 108 dias por ano para cumprir suas obrigações. Enfrentam uma verdadeira via sacra, um sorvedouro de tributos, para manter seus negócios quites com o fisco. Com isso, recursos que poderiam ser aplicados na geração de empregos e no crescimento econômico são desperdiçados na multiplicação de cargos e funções para fiscalizar esse emaranhado burocrático, capaz de sacrificar os empreendedores brasileiros com exigências desnecessárias. O primeiro e grande sócio de todo o empresário, no Brasil, tem sido sem dúvida o Governo. Comprova-se a denominação de sócio pelas “retiradas” periódicas que foram feitas nos últimos anos: os “tributos”. Lidar com essa realidade custa caro e mina a eficiência das empresas. Salvo raríssimas exceções setoriais, o empresário brasileiro trabalha para pagar contas, pois há muito, apenas sonha em investir. O governo federal parece já ter percebido que sua ineficiente burocracia e seu fantástico poder de tributar têm prejudicado a competitividade nacional, sendo que esses dois tímidos sinais de percepção desse problema representam um fio de esperança outorgado ao desgastado contribuinte brasileiro. É claro que os altos níveis de tributação amarram o desenvolvimento e só um corte sensível de tributos pode fazer novamente a economia deslanchar.
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