Filme "Meninos Não Choram"
(Direção: Kimberly Pierce)
O filme Meninos Não Choram (Boys Don’t Cry – EUA – 1999) é emocionante, polêmico...REAL! Estrelado por Hilary Swank (Teena Brandon), Chloë Sevigny (Lana), Peter Sarsgaard (John), Brendan Sexton III (Tom), Alison Folland (Kate), Alicia Goranson (Candance), Matt McGrath (Lonny), Rob Campbell (Brian), Jeanetta Arnette (Mãe de Lana), Cheyenne Rushing (Nicole). Retrata a vida e a morte de Teene Brandon, uma vida que foi violentamente arrancada, interrompida... Teene era uma jovem homossexual. Do tipo que possui uma “alma” masculina presa a um corpo feminino, assim, para amenizar a situação ela cortava seu cabelo como os de um rapaz, se vestia como um rapaz (usava meias dentro da cueca ou pênis de borracha) e, é claro, se comportava como um rapaz. Quando diziam a ela que ela era lésbica ela negava veementemente. Teena tinha uma personalidade que não se encaixava no seu corpo, por isso, em dado momento do filme, ela decide fazer uma cirurgia de mudança de sexo (que nos anos 80, época em que Teena viveu, era muito mais complicada do que é hoje, tanto pelos avanço na medicina quanto no “atraso” da sociedade). O cenário principal do filme é Falls City, cidade em que Teena se estabele depois de fugir de sua cidade natal. Em Falls City ela podia ser Brandon, um rapaz comum, com amigos e namorada. Ninguém sabia de sua homossexualidade. E tudo teria dado certo se Teena não fosse procurada da justiça por roubo de carros... Teena é descoberta por seus amigos, e depois é estuprada por dois deles. Naquela região dos EUA os homossexuais eram cassados como bichos. Os personagens de MNC são bem complexos psicologicamente, cheios de razões e motivos, cheios de perturbações, de desejos secretos e em algumas situações chegam a ser bastante imaturos. Depois de ser estuprada, Teena vai a polícia e denuncia os estupradores, mas não demora muito e eles se vingam, a matam. O filme é muito mais do que relatei aqui, há muitas cenas maravilhosas. Deve ser visto, não apenas por homossexuais, mas por todos! É uma lição de tolerância.
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