DESPERDIÇO DAS ÁGUAS
(Cardoso Ponte Jr. Fco;)
DESPERDIÇO
DAS ÁGUAS
Não sei com exatidão, os
motivos e razões que a região Nordeste ainda contabiliza um déficit tão elevado
na sustentabilidade hídrica, especificamente, quando se trata do Estado do
Ceará, sinônimo de seca, de gente pobre e de acentuada miséria rural, terra
improdutiva e devastada por falta de água e escassez de chuvas.
Acredito que as ações
contidas há anos nas políticas técnicas e ambientais, econômicas e financeiras,
seja apenas a amostragem de um pequeno e singelo esboço do gorduroso e fadado
debate entrincheirado de demagogia e leviandade nas tribunas dos parlamentos,
principalmente, quando é sugerido a Transposição do Rio São Francisco.
O Fato que força ainda
mais a ausência de elucidação da natureza da matéria foram todos levantados em
três fonte oficiais, relatando o potencial hídrico do Estado do Ceará, segundo
dados coletados da ANA-Agencia Nacional das Águas, a SRH – Secretaria de
Recursos Hídricos do Estado do Ceará e o DNOCS – Departamento Nacional de Obras
Contra a Secas, órgãos gestores do controle hídrico estatal, conforme as três
fontes consultadas, o Estado do Ceará, possui uma expressiva quantidade capilar
de mais de 70 (setenta) açudes de grande porte sob a regência do DNOCS e mais
de 230 (duzentos e trinta) açudes de pequenos e médios portes vinculados ao
Governo do Estado, sem contar os açudes particulares, totalizando 8.000 (oito
mil) açudes com capacidade total de 18 (dezoito) bilhões de metros cúbicos de
água.
O mais impressionante de
tudo isso, é que temos um potencial hídrico suficiente para provocar um grande
dilúvio, mais pouco, ou quase nada tem sido feito para dar sustentabilidade à
produção agrícola e amplificação da produção irrigada e abastecimento de água
nos municípios.
Envolto a elucidação
deste grande e misterioso cenário, constatamos que o Estado do Ceará tem
capacidade hídrica suficiente para reverter todo o quadro instalado há anos, da
tão fadada e visível miséria de subsistência agrícola, transformando a região
altamente produtiva e auto-suficiente, sem necessidade de buscar alternativa
com a transposição do Rio São Francisco.
Fato que seria muito mais
viável além de econômico, dotar um projeto voltado á luz da inteligência
produtiva, fazendo a transposição das águas de parte dos maiores 52 (cinqüentas
e dois) rios vivos do Ceará, para alimentar a bacia dos açudes e reservatórios
dentro de um circuito de reserva renovável e respectivamente, evitando o
desperdiço das águas para o mar, dilatando inúmeros micro-projetos de
sustentabilidade agrícola visando a auto-suficiência rural e extensão do
abastecimento residencial em todos os municípios que ainda não tem água
encanada.
Certamente, a imagem tão
espiada da seca e da miséria do Estado do Ceará, sairia do exílio de Estado
improdutivo e pobreza agricolamente, além de se evitar inúmeros e inflamados
discursos demagógicos.
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