OS RICOS E A INCITAÇÃO À VIOLÊNCIA. (*) Paulo Roberto I www.paulorobertoprimeiro.com/ricos.htmlwww.emcamposdojordao.com/violentos.html A insegurança chegou como um vento inesperado, porém, avoluma-se a cada dia e persegue as pessoas de forma a sugerir a necessidade de mudança de hábito. Televisões, como abutres, alimentam-se da violência gerada pela insegurança e como inocente procura somente divulgar os fatos até mesmo desejando que estes não tenham solução, pois a finalização dos mesmos deixariam-nas sem conteúdo. Violência é resultado de instintos humanos ativados a partir de estímulos: visuais, emocionais e principalmente espirituais. Desconhecendo e, ao mesmo tempo não desejando conhecer a profundidade de tais estímulos os telejornais somente divulgam os fatos, sem, no entanto desejar que eles cessem de existir. Falo como autoridade. Primeiramente em assuntos espirituais, que é de onde procedem e onde se origina toda programação humana. Pela experiência, depois de haver, por longo tempo trabalhado no extinto maior complexo carcerário da América Latina, a Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru. Na prática pude observar fatos, relatos e histórias que comprovam aquilo que exponho. Num país de incríveis distorções sociais resultantes de sua própria história. História de ganâncias, injustiças permitidas e estimuladas por fatores que nessa hora não vale a pena ressaltar. Mas, tais detalhes somados, construíram condições espiritualmente próprias para que divergências sociais se instalassem, dando oportunidade a confrontos que se levantam das mais diversas formas no íntimo das pessoas. Os hoje abastados na sociedade, muitos deles descendentes de senhores de engenho, de latifundiários, etc., somente atualizaram processos escravagistas adequando-se às leis, porém nunca com intuitos altruístas, antes usando as entrelinhas da lei, como rota de fuga da verdade e da justiça. Resido hoje em Campos do Jordão, cidade onde a ostentação tornou-se uma grife. É possível, nesta Estância Turística ver exemplar único de automóvel existente no país. Ou ostentações no vestuário apropriadas ao cenário montado no bairro do Capivari. Baseado nestas diversas experiências que demonstro o quanto a ostentação incita à violência. A Palavra de DEUS informa: ...quem parará diante da inveja? O espírito maligno da inveja promove dentro do ser humano a incitação à práticas violentas. O Vírus que contaminou o ser humano desde os tempos de Adão, deixou em suas atitudes a concupiscência dos olhos. Ou seja, a partir daquilo que ele vê é estimulado – a cada pessoa com um nível de propulsão – dando vazão para a manifestação destes instintos violentos. Ao se deparar com ícones da concupiscência, como carros, objetos de luxo, imagens produzidas, etc., impotente quanto à possibilidade de adquiri-lo, porém impulsionado pelo desejo de tê-lo o ser humano, numa atitude agressiva transgride todos os parâmetros normais, partindo para o campo da violência para ter o objeto de desejo a qualquer custo. Os ricos são as pessoas mais intranqüilas da sociedade. A paz que todo humano deseja passa longe deles, uma vez que para ostentar correm terríveis riscos da ação do espírito da inveja, o qual é violento. Quando JESUS disse: ...deixo-vos a paz a minha paz vou dou, não vo-la dou como o mundo dá. Ele apontava exatamente para a contradição que o mundo vive no que tange ao seu mais alto anseio, que é a paz. As pessoas querem sim tê-la, utilizando-se de recursos totalmente opostos a ela. Impossível. Dos altos patamares que os ricos estão, buscam sempre fazer das outras pessoas seus sustentáculos, porém continuamente obstruindo-lhes a possibilidade de também superarem obstáculos que permitam mais alto estar. Violenta e perigosamente se expõem, ostentando posses, correndo o risco ao incitar o espírito da inveja a utilizar-se das pessoas, e violentamente. Arriscam-se, muito freqüentemente viram e, transformam outras pessoas em conteúdo de telejornal.
[email protected] (*) Paulo Roberto I – Artista Plástico, ex-orientador da Capelania Evangélica da Casa de Detenção de São Paulo – o Carandiru.