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A escola e o conhecimento: fundamentos políticos e epistemológicos
(CORTELLA; Mario Sergio)

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CORTELLA, Mario Sergio. A escola e o conhecimento: fundamentos políticos e epistemológicos. Introdução: Gênese recente de uma antiga crise e atuação dos educadores. O modelo econômico implantado no país a partir de 1964 privilegiou a organização de condições para a produção capitalista industrial, reduziu os investimentos em serviços públicos como educação e saúde. É preciso pensar uma nova qualidade para uma nova educação, fazer erigir a Educação como um direito objetivo de cidadania. Fortalece a percepção de que, no momento em que as classes trabalhadoras passam a freqüentar o bancos escolares, os paradigmas pedagógicos em execução são insuficientes para dar conta desse direito social e democrático. A democratização do saber deve revelar-se, então, como objetivo último da escola pública. Capítulo 1 – Humanidade, Cultura e Conhecimento Para que possamos pensar o tema do Conhecimento e, a partir dele, produzir uma reflexão, é necessário, inicialmente, caminhar por algumas análises sobre a própria presença do ser humano na realidade e, dentro dela, o lugar do Conhecimento em suas múltiplas dimensões, como: 1. Quanto mais se sabe, mais se ignora. 2. Algo inacabado, que está sempre em construção. 3. Só o animal humano é capaz de ação transformadora consciente, porque é exclusiva do ser humano e a chamamos de trabalho ou práxis, do qual resulta a cultura "resultados da ação do humano sobre o mundo por intermédio do trabalho". O conteúdo da cultura, produto da relação Humano/Mundo por meio do trabalho, resulta os produtos culturais: os bens de consumo e os bens de produção. O bem de produção imprescindível para nossa existência é o Conhecimento. Capítulo 2 – Conhecimento e Verdade: Matriz da Noção de Descoberta - Teoria do Conhecimento ou Gnosiologia - refletir sobre a Verdade. A compreensão mais presente em nosso sistema educacional é aquela que entende o Conhecimento ou a Verdade como descoberta. Mas o termo Verdade que integra do paradigma da Teoria do Conhecimento é mais complexo, a uma articulação entre o epistemológico e o político demonstra a idéia de Verdade como descoberta é uma construção. Neste capítulo, o autor busca evidenciar a permanência de paradigma sobre a Verdade como descoberta que invadiu nossas práticas pedagógicas cotidianas. E, ao mesmo tempo, demonstrar que o Conhecimento é diferente de revelação,em tudo pronto; também diferente de Descoberta, como se o saber e a Verdade estivessem escondidos e os mais geniais e inteligentes fossem capazes de ir onde estão e libertá-los, retirar o véu que os encobre. O autor, ainda afirma que o Conhecimento não é do outro mundo, mas produzido neste mundo pelos próprios humanos, e se dá na relação sujeito – objeto, mas que a verdade não está nem no pólo do sujeito, nem no pólo do objeto e sim na relação. Esta relação se dá no tempo humano que chamamos de história.Portanto, a Verdade é histórica, não sendo nem absoluta nem eterna, feita coletivamente.Capítulo 3 - A Escola e a Construção do Conhecimento Segundo o autor, muitas vezes, o Conhecimento é entendido como algo acabado, pronto, encerrado em si mesmo, sem conexão com sua produção histórica. Quando um educador nega aos alunos a compreensão das condições culturais históricas e sociais da produção do conhecimento, termina por reforçar a mitificação e a sensação de perplexidade, impotência e incapacidade cognitiva. Essa é razão básica pela qual o ensino do conhecimento científico precisa reservar um lugar para falar sobre o erro; o conhecimento é resultado de processo e este não está isento de equívocos, isto é, não fica imune aos embaraços que o próprio ato de investigar a realidade acarreta. Errar é decorrência da busca e, pelo óbvio, só quem não busca não erra. Um dos fatores básicos do trabalho pedagógico e entendermos que não há conhecimento significativo sem pré-ocupação. Capítulo 4 – Conhecimento Escolar: Epistemologia e Política - A compreensão política que tivermos da finalidade de nosso trabalho pedagógico, isto é, da concepção sobre a relação entre Sociedade e Escola que adotamos. 1º - O Otimismo Ingênuo - O Brasil é um país atrasado porque a ele falta Educação; se dermos Escola a todos os brasileiros, o país sairá do subdesenvolvimento. 2º- Década de 1970 – Pessimismo Ingênuo – defende a idéia de que a função da Escola é a de reprodutora da desigualdade social, nela o educador é um agente da ideologia dominante, ou seja , um mero funcionário das elites. Nessa concepção, a Escola não teria, de forma alguma, autonomia, sendo determinada, de maneira absoluta, pela classe dominante da sociedade. O educador veículo de injustiça social, ficaria com a missão de adequar as pessoas ao modelo institucionalmente colocado. 3º Década de 1980 – Otimismo Crítico – deseja apontar a natureza contraditória das instituições sociais e, aí, a possibilidade de mudanças; a Educação, dessa maneira, teria uma função conservadora e uma função inovadora ao mesmo tempo. Para um otimismo crítico, a atividade do educador não é neutra nem absolutamente circunscrita. E educação escolar e os educadores têm autonomia relativa, podemos representá-la com a inserção da escola no interior da sociedade. Assim, a crise na educação não é uma fatalidade, como muitos parecem entender quando imaginam não haver saída possível e, resignados, imobilizam-se nas lembranças de outra época. A dificuldade é ajustar a Escola aos interesses e necessidades de todos os que a ela tem direito.



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