Gerúndio a matéria e o processo
(Mauro Veras)
Gerúndio A matéria e o processo: Estilhaços são corpos vivos A palavra é um ilusionista. Às vezes um prestidigitador, outras um corpo metamórfico, simbiótico, com guelras e substâncias tóxicas e inflamáveis. Saímos como escanfandristas, super-heróis com lentes anti-isso e aquilo para saber da palavra o contorno de suas poucas formas. Entre os dedos sentindo a respiração de um e de outro fonema entrevejo esse resíduo dep poema: observa o diamante imaturo através dele mesmo: assim é o destino, algo entre o visível e o invisível: assim são os poemas! Somos apra escrever nossas histórias: propriedades privadas da palavra. Elas nos possuem e se nos permitirmos, isso nos dará algum prazer e nos privamos desse ou daquele sentido quando achamos poder de uma só maneira: lê-las. Tropelia A Ana Cristina Cesar a morte bateu a porta fora,só que )dentro( ela estava tão fora só, que ela abriu bateu a porta (fora) estava a morte tão dentro... Palavras não são ousadas. Os atrevidos são os que pretendem dizer o que elas dizem e depois de algum tempo, percebem seus sorrisos sarcásticos, travestidos em pontos, vírgula ou quase sempre...(três pontos) E o poeta cirurgicamente aparou as arestas do poema Estilhaços são corpos vivos. O que pensamos restar do inteiro das coisas são verbos e vertentes aprisionadas no olhar do quase sempre. E diz o poeta: Diante do espelho 1.Uma chispa rubra nascida da erudição rasgou o aço do espelho e devolveu ao velho átrio d esta cidade roma na a toga br anca de lã tança da (magistratura) E depois de tanta palavra, o silêncio anseia pelo eco do dito, do que falavas e a memória é sempre um balé de fonemas proscritos.
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