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Existe um ângulo de visão, do qual dificilmente se olha no referente às embalagens descartáveis, as quais terminam por transformarem-se em lixo. Muitas delas objeto de cuidadosa produção, resultantes do trabalho de designers, alvos de premiação que, porém não tem outro fim senão: os lixões, as cooperativas de reciclagem, os ferros-velhos, ou a natureza. Assunto desconcertante para produtores, que procuram se armar de todo tipo de defesa, até mesmo a de inverter a responsabilidade jogando sobre a já penalizada população, o rótulo de: Sem Educação. A empresa, fabricante do produto, que dele extraiu cuidadosamente o lucro, nessa hora faz-se omissa, na finalização daquilo que iniciou. Nos anos 50 ou 60, quando os empresários ainda não haviam se despertado para o lucro rápido das embalagens descartáveis, a população utilizava-se de meios não poluentes e não degradantes adquirindo da mesma forma produtos. Mas com a febre do consumismo, mesmo beneficiados pelo resultado econômico, ainda assim os empresários sustentadores dos veículos de comunicação, fazendo-se de desentendidos inverteram a responsabilidade, penalizando a população com o rótulo de: Sem Educação. Comprados pela sustentabilidade de seus programas televisivos os formadores de opinião nunca enxergam por um ângulo que possa beneficiar a população.
A SOLUÇÃO Solução simples prática e que em pequeno espaço de tempo limparia sobremaneira a natureza.Exemplificando: Os supermercados reconheceriam a responsabilidade de cada produtor pelo rótulo de propaganda. Estes seriam pontos de arrecadação das embalagens descartáveis de produtos que pudessem ser encontrados em suas prateleiras. Um valor significativo seria convencionado para cada tipo de embalagem, sendo que a soma do valor entregue num posto de recepção do supermercado poderia ser abatido no total da compra feita pelo cliente. A soma das embalagens recolhidas, que fossem de um mesmo fornecedor, seria deduzida deste na próxima negociação, feita entre ele e supermercado, sendo que na entrega dos novos produtos recolheria as embalagens até então arrecadadas. Assim sendo, o cliente seria pago indiretamente por trabalhar para o fabricante e para o comerciante do produto, os quais extraem lucro do produto vendido deixando o lixo por eles gerado para que o cliente dê um fim e sem pagamento algum. Haveria então uma parceria justa entre produtor, comerciante e consumidor final, uma divisão justa dos lucros. O quanto isto pode dar certo? É só olharmos para as embalagens de alumínio, elas não são problema ambiental, e em muitos lares, solução econômica prática. Por outro lado gerou um ciclo de trabalho, que hoje é já parabenizado em inúmeras cidades. Mas tudo isto porque o valor do quilo deste material chega hoje já a dois dólares. Naturalmente que tais ações precisam ser exigência governamental, com punições severas. Porém tais punições por si só aconteceriam. Por exemplo, no caso de um produtor que não desse uma finalização para o seu lixo, depositado no supermercado ele não teria espaço nas gôndolas deste, do qual ele não recolheu as suas embalagens descartáveis. Por outro lado os espaços para reciclagem destes materiais, já não seriam mais responsabilidade de pessoas inábeis e necessitadas, mas dos produtores. Assim sendo poderia haver uma exigência maior quanto aos locais de processamento de produtos recicláveis, e a qualidade deste serviço poderia ser bem maior e mais salubre. No andamento dessa conscientização empresarial, por si só o processo se aprimoraria e, toda a sociedade seria beneficiada. A necessidade de adequar-se ao novo daria lugar à criatividade e com certeza em breve essa qualidade de vida seria absorvida muito melhor do que o foi a degeneração que passamos a viver pela introdução desse lixo em nossas residências.
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