www.paulorobertoprimeiro.com/justica.html www.emcamposdojordao.com/justicaeleitoral.htmlIncomoda-me sobremaneira, todo tipo de tentativa de enganar, ou de inverter-se a interpretação de fatos a fim de colocar a carga da responsabilidade sobre os ombros daqueles que na realidade não teriam nada a carregar. Por ser ano eleitoral tem sido veiculado pela TV um comercial, produzido com a finalidade de fazer parecer que a responsabilidade de fiscalizar o procedimento dos candidatos eleitos pelo voto popular é do eleitor. Primeiramente, que o ato de votar não passa de um artifício que só beneficia aqueles que são eleitos, que, porém é maquiado a fim de parecer uma preciosidade nas mãos do eleitor. Passada a eleição os candidatos até então receptivos passam a demonstrar para o que vieram. Tornam-se arredios fazendo o eleitor, que até há pouco era tão bem recebido, sentir-se a cada instante mais inoportuno. Inoportuno, exatamente, porque as promessas com a tentativa apenas de induzi-lo ao voto, passa a partir da diplomação do candidato eleito a ser um sonho que o inocente eleitor talvez nunca veja realizado. (A generalização é porque achamos inúmeros corruptos onde não deveria haver nenhum). Contra fatos não há argumentos, argumenta o direito. O Senhor Presidente da República, por exemplo, que como eleitor e autoridade máxima do país, nomeou assessores e posicionou em ministérios pessoas de sua confiança. Analisem que ele, alguém que de fato tinha o poder de estar de olho foi traído, como demonstraram recentes episódios. Imaginem o eleitor comum, que nem possibilidade tem de adentrar no gabinete daquele em quem votou. Como estará de Olho, pergunto, Justiça Eleitoral? Vou ser ainda mais preciso. Fui assessor de um determinado vereador. Enquanto estive servindo a ele fui uma verdadeira pedra em seu sapato. Pois é, só eu sei o quanto tinha a intenção de que aquele vereador fosse bem sucedido. E, digno de em outras eleições, de fato e de verdade e por merecimento, receber o voto de seus concidadãos. Mesmo estando lado a lado, participando de situações íntimas do mandato daquele vereador, não tive possibilidade de impedir que ele se tornasse tão corrupto quanto qualquer outro. Num determinado momento fui convidado a me retirar da assessoria, e daí então coisas que nem eu imaginava que seria capaz a ele foram imputadas. Agora imagine Justiça Eleitoral, aquele eleitor, simplório, que lá de sua residência, distante das astúcias promovidas nos gabinetes à portas fechadas, inocentemente aguarda a fidelidade do seu candidato eleito. Como estar de Olho eu pergunto, Justiça Eleitoral? Bem sei eu, que as atitudes ilícitas do candidato eleito, não faz ele na luz, senão nas trevas. Sabendo de antemão que não deve deixar rastros, apostando sempre na impunidade, na morosidade da lei, e na inocência daqueles que ainda que os fatos venham a ser provas contundentes de atuações erradas, esses inocentes continuam crendo que aquele em quem ele devotou confiança nunca o trairia. Como estar de Olho pergunto eu, Justiça Eleitoral? Até o dia de hoje, sete anos após o incidente de querer apenas ser uma pessoa honesta até as últimas conseqüências em benefício daquela municipalidade e daquele vereador, sou ainda perturbado, e compulsoriamente, a fim de dar declarações quanto ao que vi como assessor dele. Inclusive nunca sendo pago para ali estar prestando qualquer depoimento, apenas sofro o prejuízo do sistema de justiça que remunera apenas aqueles que são seus. Justiça Eleitoral. Eu posso dizer com todas as letras. EU ESTAVA DE OLHO.
[email protected]