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Helena
(Machado de Assis)

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O Conselheiro Vale morreu repentinamente. Deixou o filho Estácio, a irmã D. Ursula e o testamento reconhecendo Helena como filha. Helena tinha dezessete anos, bonita e com jovialidade de menina, compostura de mulher combinada com virtudes domésticas e maneiras elegantes. Era pouco humilde, mas digna, conseguia polir os ásperos, atrair os indiferentes e domar os hostis. Estácio rendeu-se aos encantos da irmã com simpatia e boa vontade e D. Úrsula era fria porém amável. Estácio enamorava Eugênia, filha de Camargo com D. Tomásia, moça bonita, olhos grandes e azuis. Ele pretendia desposá-la, adiou por uma ação imatura e mimada da moça. Mendonça, amigo de Estácio enviou uma carta avisando ter chegado da Europa, e da visita que faria. A noticia alegrou e dissipou o desgosto com Eugênia. Helena pediu ao irmão que a ensinasse cavalgar. Galoparam até uma casa com aparência abandonada, onde tremulava uma bandeira azul. Retornaram do passeio felizes, Estácio questionou ao pedido de aula, ela justificou receio dele não querer acompanhá-la. D. Úrsula adoeceu e Helena cuidou dela dedicadamente, quando recuperada ficou agradecida. Estácio e Helena iniciaram saraus e outros eventos na residência para animar a tia. Estácio fazia muitos elogios às qualidades da irmã. Helena pediu a Estácio que apressasse o casamento com Eugênia, porém ele perdera o interesse inicial, mas prometeu fazer o pedido. No último dia do ano tia e sobrinha organizaram uma festa de aniversário para Estácio. Helena o presenteou com uma pintura, feita por ela, do local do primeiro passeio. Ele ficou emocionado com o presente. A festa foi um sucesso, ao final Dr. Camargo procurou Helena para aconselhar-se a respeito do relacionamento da filha e Estácio. Helena não compreendeu a atitude do médico, pois sempre a tratou com repulsa, mas se propôs ajudar. Dr. Camargo era astuto e percebeu a influência da moça sobre o irmão. Helena cobrou do irmão a promessa do casamento, ele contrariado cumpriu o prometido. A madrinha de Eugenia adoeceu e a família decidiu visitá-la. Eugênia não queria fazer a viagem, impôs a companhia do noivo. Estácio aceitou para acalmar as manhas da noiva. Estácio solicitou ao padre Melchior e a Mendonça assistência à família enquanto estivesse fora. Viajou prometendo escrever todos os dias e esperar por respostas. Estácio escreveu para Helena e a tia. A carta falava da saudade, do desejo de voltar, na demora da doente para morrer e do grande amor que sentia pela irmã. O padre sugeriu a Helena casar-se com Mendonça, pois a amava, era integro e amigo da família. Helena aceitou a sugestão deixando claro não sentir a mesma paixão. O padre falou ao rapaz a aceitação da moça. Mendonça escreveu ao amigo informando seu amor e pedindo autorização para casar. Estácio ao receber a carta retornou imediatamente, chegando de surpresa. Estácio foi frio e mal humorado com Mendonça , justificando ao cansaço da viagem. Estácio sugeriu que Mendonça estivesse interessado nos bens de Helena. Mendonça ficou magoado e incrédulo do amigo duvidar de sua conduta. Padre Melchior falou que o amor de Estácio por Helena era incestuoso, afirmou ser amor de homem para mulher. Declarou que Helena nutria pelo irmão o mesmo sentimento, no entanto o encaminhara aos braços de Eugenia e aceitara passivamente casar-se com Mendonça. Helena reprovou a atitude de Estácio para com Mendonça. Ele acabou procurando o amigo e se desculpando. Angustiado passou a noite sem dormir. Cedo saiu para caçar e pensar. Ao se aproximar da casa velha ficou pasmado ao ver Vicente e logo depois Helena saírem. Decidiu descobrir o mistério, aproveitou-se do machucado feito ao se esconder para questionar Salvador o morador, enquanto tratava do ferimento. Ao voltar para a casa, Estácio atirou longe o quadro desenhado por Helena e contou o que viu, ambos choraram. A tia ficou sem entender o acontecimento. Salvador escreveu a Helena, explicando a visita de Estácio. Achou melhor se afastarem. Helena mostrou a carta ao irmão e declarou Salvador como pai. Estácio e o padre procuraram Salvador que esclareceu: “Aos vintes anos foi proibido pelo pai de casar com Ângela. Resolveu abandoná-lo e raptar a amada. Após algum tempo ela engravidou de Helena. Viviam miseravelmente sem menor confortos. Seis anos depois o pai adoeceu requisitando sua presença, foi vê-lo. O pai faleceu sem deixar herança. Ao retornar soube pelos vizinhos que Ângela se mudara. Passou a procurá-las até encontrar. Ângela explicou que o conselheiro proporcionaria uma vida melhor à filha. Uma das vezes em que apreciava Helena de longe ouviu o conselheiro reconhecendo-a como filha e anunciando sua morte. Quando Helena tinha doze anos a procurou e foi reconhecido como pai. Não demorou Ângela morreu e o conselheiro manteve Helena no colégio interno até a própria morte”. Helena decidiu renunciar ao testamento e viver com o pai, mas Estácio e D. Ursula não permitiram. Helena ficou nos aposentos. Quando saiu foi à beira do lago, Estácio temeu que tirasse a própria vida. Ameaçava chover, ele insistiu para entrarem, ela não aceitou. A chuva começou, Estácio pegou-a a força quando os olhares se cruzaram e declararam o amor existente. Entrou na casa com ela nos braços, iniciando assim a enfermidade que levou Helena a morte. Helena recebeu o primeiro e último beijo de amor. Estácio após o féretro sentiu-se enterrado, caiu na cadeira sem pensar e sem sentir nada. Eugenia recolheu-se tristemente ao leito, recebendo o terceiro beijo, todos do pai.



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