Comunicação não verbal (comportamento espacial: contacto corporal)
(Rodriguez)
Comportamento Espacial
A relação entre a pessoa e o espaço pode determinar o significado de um dado ambiente para ela, por intermédio de percepções, sentimentos, valores pessoais, etc.
Estudos empíricos relativos ao uso humano do espaço indicam que o comportamento espacial é estreitamente condicionado por factores culturais, por factores sócio-emocionais e pela estrutura física do ambiente. ( Levy - )
Um indivíduo pode defender e personalizar um espaço ou, como lhe chama Hegdiger (1955), “território”, que acaba por constituir uma projecção do Eu.
São complexas as relações entre o ambiente ou espaço e o comportamento humano. Dentro desta temática, Goffman (1971), acentua que a configuração espacial dos próprios comportamentos tem têndencia a definir-se de um modo pormenorizado e preciso segundo regras características; e deste modo identifica aspectos particulares dos “territórios do Eu” em que o comportamento se exprime. É neste contexto espacial que surgem vários importantes sinais de comunicação não verbal, os quais serão de seguida analisados.
1.1 Contacto Corporal
É a forma mais primitiva de acção social e pode traduzir os mais diversos gestos; abraços, caricias, beijos, apertos, pancadas, etc. Tem duas vertentes: o acto de tocar e o acto de ser tocado, sendo o segundo substancialmente diferente do primeiro: no acto activo predomina a dimensão exploratória, ao passo que no acto passivo predomina a recepção dos sinais provenientes de um agente exterior. (Bitti e Zani).
Este sinal não verbal assume usos e significados diversos consoante as diferenças interculturais: por exemplo, na cultura inglesa e japonesa o contacto corporal é escasso, ao passo que nas culturas africana e árabe o vemos muito mais amplamente utilizado.
Em termos gerais, poder-se-à considerar que a frequência do contacto físico transmite, habitualmente, um sentido de intimidade, uma vez que em grande parte das culturas ele é usado nas mais diversas efusões de afecto entre membros de uma família.
Mas o contacto corporal, além de comunicar atitudes interpessoais, também produz efeitos ao nível da actividade fisiológica. Nos seus estudos, Nicobia e Aiello (1976) encontraram uma intensificação da actividade electrodérmica em pessoas que se achavam em situações de apinhamento que provocavam o seu contacto físico.
Outros investigadores, como Herley v(1973) ou Heslim (1974), estudaram a relação entre o contacto físico e o status dos interagentes e uma divisão em categorias de contacto corporal que está ligada a relações interpessoais ao nível profissional, social, amistoso e intimo. (Heslim).
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