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''O "causo" dos Borzeguins de Toniquinho Bem-Bom"
(Rosana Rios)

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“O “causo” dos Borzeguins de Toniquinho Bem-Bom” – Rosana Rios
Resumido por Lual

Toniquinho Bem-Bom, o maior preguiçoso de Caporbaixo, criou disposição com a água-de-louro de Nhô Quim.
Antônio da Paixão cognominado Antônio do Brejo, porque o sítio onde plantava mandioca e cará ia até o rio e virava mangue puro. Teve três filhos: Tonho, plantador de café; Totó, negociante de laranjas; e o Toniquinho, o caçula, o grande preguiçoso, tornou-se depois, o maior plantador de milho do lugar.
O pai lhe dera uma saca de sementes de milho para ele iniciar a vida. Porém, sem a menor disposição, deixava sempre para o dia seguinte.
Deitado numa rede, balançando-se ou dormindo, sonhava com o dia em que ficaria mais rico que Seu Takiro com o milharal. O japonês que plantava o melhor milho da região, num sítio no rumo de Laporcima. Fazia planos de construir uma casinha caiada de frente pro rio e levar a sua amada, a Nica para lá morar.
Mas não passava disso: dormir e sonhar. Não tinha ânimo para trabalhar. O seu pai reclamava e cobrava o milharal. Sua noiva vivia triste, o casamento não saía, pois o noivo estava sempre espichado numa rede, num eterno sono na primeira sombra do estradão de Caporperto. Sua futura sogra, Sinhá Justina, não suportava a idéia de tê-lo como genro.
Até que um dia, Nhô Quim, o velho curandeiro, com seus “chás-de-sarar-qualquer-coisa” aparece para uma visita à comadre. Ambas apresentam suas queixas de saúde: Sinhá Justina, a dor de garganta, e ele lhe receita chá de casca de romã; a afilhada, dor no peito, que ele trocando um olhar de cumplicidade com a comadre responde:
“ – Isso não é de preocupar, fia. Coisa de menina bonita amofinada com o namorado...”
Ela explica a tristeza da filha com o comportamento do namorado. O velho lhe dá uma receita infalível para despertar o interesse do rapaz pelo trabalho.
Chegando o momento oportuno, seguiu as instruções do padrinho: Numa noite bem escura de Lua Nova, ela deveria achar um pé de louro bem viçoso, cortar sete folhas e sete bagas do louro antes do galo cantar. Colocar tudo para ferver e deixar a água reduzir à metade. Ao esfriar, banhar as botinas dele.
Assim fez Nica, tudo como aconselhara o velho Quim.
Daí então, Toniquinho nunca mais foi o mesmo: amanhecia com a enxada na mão e corria para a sua terra. Carpia mato, plantava milho e teve melhor produção que Seu Takira. A colheita deu um bom dinheiro no Mercado de Maispralá.
Finalmente sai o casório. O noivo dá uma grande festa, onde apreciaram gostosas pamonhas do seu milharal, doce de laranjas do Totó e cafezinho do Tonho.
De vez em quando, matava a saudade da rede, porém a sua maior preocupação era com a produção de milho. Nica feliz e orgulhosa do marido conservava sempre um pé de louro alto e viçoso no fundo do quintal.



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