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Aniversario
(Álvaro de Campos)

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A não distribuição uniforme dos versos e a
despreocupação com a distribuição rítmica dão ao poema um tom confessional,
aproximando-o de um texto em prosa. As lembranças relatadas no texto
referem-se a uma data específica lembrada pelo eu-poético
- o dia do aniversário. Esta data é a propulsora para outras
recordações da infância e outras angútias do eu-poético,
servindo também como ponto de referencia temporal quando o
eu-poético intercala-se e contrapõe-se entre o passado e o presente. A época da
infância no poema é marcada pela inocência, pois a criança ainda não tem
noção do que se passa à sua volta: "Eu tinha a grande saúde de não perceber
coisa nenhuma". A passagem da criança para o adulto é marcada por uma perda,
pois ele percebe que a vida não tem mais sentido. O poeta hoje "é terem
vendido a casa", ou seja, é um vazio, que perdeu, inclusive, o bem mais
precioso, a sensação de totalidade, de alegria, de aconchego dado pela vida
em família na infância longínqua. Assim, a festa de aniversário toma o
aspecto simbólico de um ritual familiar e religioso, dentro do qual a
criança se torna o centro de um mundo que a acolhe e protege carinhosamente.
"As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa", denota,
com esta adjetivação uma característica comum a toda infância: o
egocentrismo. No presente, não há mais aniversários nem comemorações: resta
ao poeta durar, porque o pensamento amargurado, critico e pessimista da vida
o impede de ter a inocência de outrora.



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