A relíquia
(Eça de Queiróz)
Publicado em 1887, o volume A Relíquia substitui a
literatura predominantemente de observação de Eça de Queirós
para dar vazão a um veio irônico e cômico que já aparecera na
novela O Mandarim. Trata-se de um volume de crítica social
contra a beatice e a hipocrisia. Pode ser visto dividido em três
partes. A parte principal é apresentada como reminiscências de
viagens e as outras duas constituem um traçado da vivência
exageradamente beata da personagem D. Maria Patrocínio das
Neves; e um apanhado psicológico da hipocrisia, representada
pelo sobrinho de D. Patrocínio, Teodorico Raposo, homem de
tendências liberais e libertinas. Narrado em primeira pessoa,
traz Teodorico, apelidado Raposão, recordando-se de uma visita
que fizera à Terra Santa. Teodorico é órfão desde a infância
e criado por uma endinheirada tia materna, D. Patrocínio, a
titi. Faz Direito em Coimbra e freqüenta com assiduidade as
rodas boêmias, mas não deixa de adular a tia, na esperança de
conseguir ser seu herdeiro universal. O herdeiro mantém,
portanto, duas faces, a libertina e a "beata". Depois
de uma briga com a amante, parte para a Palestina, em excursão
financiada pela tia. Surgem personagens interessantes como o
alemão Tópsuis e o português Alpedrinha. No Egito é
apresentado à inglesa Mary, com quem tem um intenso
relacionamento amoroso.
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