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Emoção
(Cardeira)

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EMOÇÃO A definição de emoção é um tema que tem vindo a ser discutido há mais de um século por psicólogos e filósofos e todos os que se interessam por esta característica humana. Segundo a origem da palavra, podemos concluir que a emoção está relacionada com uma espécie de “agitação” ou perturbação que se refere a um sentimento e a pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos e uma tendência para agir. As emoções podem provocar um determinado pensamento e este por sua vez pode provocar uma determinada emoção, este mecanismo explica o facto do funcionamento combinado e inseparável entre a razão (cérebro racional) e as emoções (cérebro emocional). Quando nos perguntamos porque será que a emoção tem um papel tão importante no psiquismo humano, verificamos que em certas ocasiões ocorreu uma ascendência do “coração” sobre a razão. São as nossas emoções que nos orientam diante de um impasse, e, quando estamos diante de uma decisão muito importante, é deixada a sua solução inteiramente ao cargo da parte racional. Em situações de perigo, na experiência da dor causada por uma perda, na necessidade de não perder a perspectiva apesar dos percalços, na ligação com um companheiro na formação de uma família, constituem diferentes tipos de emoção que vivenciamos e que nos predispõe para uma acção imediata, cada uma sinaliza para uma direcção que, nos recorrentes desafios enfrentados pelo ser humano ao longo da vida, provou ser a mais acertada. À medida que, ao longo da evolução humana, situações desse tipo se foram repetindo, a importância do repertório emocional utilizado para garantir a sobrevivência da nossa espécie foi atestada pelo facto de esse repertório ter ficado gravado no sistema nervoso humano com inclinações inatas e automáticas do “coração”. Todas as emoções são em essência, impulsos legados pela evolução, para uma acção imediata, para planeamentos instantâneos que visam lidar com o dia-a-dia. A própria raíz da palavra emoção provém do latim movere -mover- acrescida ao prefixo “e”, que denota afastar-se, o que indica que em qualquer emoção está implícita uma propensão para o agir imediato. Essa relação entre emoção e acção imediata é visível por exemplo na observação de animais e crianças, é somente em adultos “civilizados” que detectamos a força do pensamento racional, sobrepondo-se às emoções. As emoções podem dividir-se ou ramificar-se em forma de atitudes que as distinguem. As emoções seguintes são apenas alguns exemplos do que ocorre no nosso cérebro aquando de certas emoções: Raiva: Quando alguém se sente enraivecido toma atitudes violentas como por exemplo, disparar um tiro sobre alguém. A adrenalina entre outras hormonas é segregada pelos fortes batimentos cardíacos que levam o indivíduo a estas atitudes violentas; Medo: o sangue nesta situação corre para todos os músculos mais rapidamente permitindo a fuga e movimentos rápidos. No entanto, o corpo imobiliza-se ainda que por um espaço de tempo muito breve, talvez para permitir ao indivíduo a possibilidade de pensar em agir ou fugir. O corpo fica pronto para agir em alerta permanente. Amor: os sentimentos de afeição e satisfação sexual implicam estimulação parassimpática, que, ao contrário dos outros exemplos provoca um estado geral de calma e satisfação, facilitando a cooperatividade em vez de fugir ou defender-se; Felicidade: inibe o aparecimento de sentimentos negativos e favorece o aumento da energia existente. No entanto não ocorre nenhuma mudança particular na fisiologia, a não ser uma tranquilidade que faz com que o corpo se recupere rapidamente do estímulo causado por emoções perturbadoras. Este estado de tranquilidade dá ao indivíduo uma predisposição para executar com entusiasmo e motivação qualquer tarefa que surja. Tristeza: surge aquando de uma grande perda como a morte de alguém ou decepção significativa. A tristeza acarreta uma perda de energia e de entusiasmo pelas actividades da vida, em particular por diversões e prazeres. Quando a tristeza é profunda aproxima-se de depressão, a velocidade metabólica do corpo fica reduzida. Esse retraimento introspectivo cria a oportunidade para que surja lentamente uma perda ou frustração. António Damásio, neurologista português, apresenta um paciente, conhecido por Elliot, o qual era bem sucedido na vida até ser diagnosticado um tumor benigno cerebral. Elliot foi submetido a uma cirurgia, na qual o tumor foi totalmente removido, mas inevitavelmente deixou algumas sequelas nos lóbulos frontais do neocórtex. Posteriormente á operação e, embora o seu quociente intelectual (Q.I) fosse superior à média e a sua memória, inteligência e capacidade dialéctica estivessem intactas, o comportamento social de Elliot ficara deveras afectado, mudando assim radicalmente a sua vida, a qual outrora era bem sucedida, passou a ter alguns problemas emocionais na resolução de problemas pessoais, fracassando os seus casamentos e profissionalmente também perdeu o controlo do dinheiro, endividando-se. Este caso clínico, particularmente conhecido, demonstra-nos a importância vital das emoções, as quais foram afectadas, devido aos danos físicos sofridos no lóbulo frontal. As ligações neurológicas entre o cérebro racional e o cérebro emocional haviam sido afectadas. A ausência de sentimentos podem conduzir a um comportamento desajustado, irracional, acarretando por isso sérios problemas na vida social das pessoas. O caso Elliot é bastante revelador no que diz respeito à importância das emoções e à sua interdependência com a razão, para que seja possível termos um comportamento “mais” equilibrado, ajustado.



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